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Nossa experiência de 12 anos com o tubo T de Montgomery no tratamento de pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo Como citar este artigo: Kaintura M, Wadhera R, Hernot S. Our 12 year experience with Montgomery T-tube in the management of acute blunt laryngotracheal trauma patients. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:316-30.

Resumo

Introdução

O tubo T de Montgomery é um dispositivo usado como stent traqueal combinado com tubo de traqueostomia para evitar estenose traqueal pós-operatória.

Objetivo

Avaliar o resultado do procedimento cirúrgico feito para lesões no pescoço e nas vias aéreas em pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo e o resultado da colocação do tubo T de Montgomery nesses pacientes por 12 anos.

Método

Entre 2005 e 2017, 19 pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo foram submetidos ao implante do tubo T de Montgomery. Todos os 19 pacientes com trauma laringotraqueal foram submetidos a uma traqueostomia pré-operatória no pronto-socorro por um cirurgião otorrinolaringologista. O implante do tubo T de Montgomery foi feito posteriormente através de uma abordagem externa. O período de seguimento variou de dois a 10 anos. O tubo T de Montgomery foi removido após um período que variou de seis meses a um ano e meio.

Resultados

A maioria dos pacientes do estudo estava na faixa de 21 a 30 anos. A traqueostomia pré-operatória foi feita em todos os 19 pacientes. Todos, exceto três, tiveram decanulação bem-sucedida e resultado satisfatório em longo prazo.

Conclusão

O tratamento do trauma laringotraqueal contuso agudo é um desafio que exige uma abordagem multidisciplinar. A opção de tratamento ideal deve ser individualizada de acordo com a condição do paciente e as características da lesão. De acordo com nosso estudo, sugerimos que os casos de pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo sejam tratados de acordo com o protocolo mencionado em nosso estudo e enfatizamos fortemente que o implante do tubo T de Montgomery deve ser mantido por pelo menos um ano completo nas vias aéreas, pois resulta em chances insignificantes de posterior estenose pós-traumática das vias aéreas.

Palavras-chave
Trauma laringotraqueal agudo; Trauma cervical contuso; Tubo T de Montgomery

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