O grau de conexão entre as trocas gasosas e o potencial hídrico foliar e a autonomia dessas variáveis em relação às condições meteorológicas foram determinados em Coffea arabica, ao longo de dias claros e nublados. Os valores elevados do déficit de pressão de vapor, da temperatura do ar e da densidade do fluxo de fótons fotossinteticamente ativos resultaram em reduzida autonomia no dia claro, independentemente do grau de conexão entre as variáveis fisiológicas foliares. A forte sincronização entre a fisiologia da folha e as variáveis meteorológicas foi considerada uma importante causa da diminuição da fotossíntese líquida (P N) no dia claro. Por outro lado, o valor de P N foi cerca de três vezes maior no dia nublado, quando todos os cultivares apresentaram maior autonomia. A análise de componentes principais corroborou os resultados de autonomia, revelando uma clara oposição entre os vetores fisiológicos e meteorológicos, além de uma menor variabilidade das características fisiológicas da folha ao longo do dia claro. Apesar dessas respostas gerais, ocorreram diferenças significativas entre as cultivares nos dias claro e nublado. A autonomia da folha foi uma importante referência para avaliar o comportamento de C. arabica sob estresse e deve ser levada em consideração na seleção de cultivares sob condições de campo.
análise sistêmica; Coffea canephora; estresse hídrico; grau de conectância; fotossíntese líquida diurna
