Investigou-se, em regime de casa de vegetação, o desempenho fisiológico de plantas jovens de acariquara (Minquartia guianensis) submetidas à deficiência hídrica e sua recuperação durante o processo de reidratação. Os parâmetros analisados foram: potencial da água nas folhas, trocas gasosas e fluorescência da clorofila a. Após trinta e cinco dias, o potencial da água nas folhas das plantas sem irrigação foi 70 % menor do que nas plantas do controle (irrigadas diariamente) e a condutância estomática alcançou valores próximos de zero, induzindo diminuição severa nas trocas gasosas (fotossíntese e transpiração). Seis dias após o início da reidratação prevista para as plantas submetidas ao tratamento sem irrigação, os resultados demonstraram que o estresse hídrico não afetou de forma irreversível as trocas gasosas e a eficiência quântica do fotossistema II (PSII) em plantas jovens de M. guianensis, uma vez que após o período de quatro a seis dias de reidratação, as plantas exibiram recuperação total do aparato fotossintético. Nós concluímos que M. guianensis apresentou boa tolerância ao estresse hídrico e boa capacidade de recuperação do desempenho fisiológico relativo ao potencial hídrico foliar, fotossíntese e eficiência fotoquímica do PSII sob condições de estresse hídrico, sugerindo substancial plasticidade fisiológica durante a fase juvenil dessa espécie arbórea.
déficit hídrico; eficiência fotoquímica do PSII; espécie arbórea; fisiologia do estresse; fluorescência da clorofila a