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Estímulo do sistema antioxidativo e peroxidação de lipídios causados por estresses abióticos em folhas de Momordica charantia

O objetivo deste trabalho foi avaliar as respostas do sistema antioxidativo e o estresse oxidativo em folhas de plantas de Momordica charantia L. submetidas a NaCl, radiação UV-B e déficit hídrico, em três estádios de crescimento: pré-floração, floração e pós-floração. Com exceção da peroxidase (POX), as atividades das enzimas dismutase do superóxido (SOD), catalase (CAT), oxidase de polifenóis (PPO) e redutase da glutationa (GR), assim como as concentrações de ascorbato (ASA), H2O2 e de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) foram máximas no estádio de floração, independentemente do tipo de estresse aplicado. As atividades das enzimas e dos metabólitos supramencionados forma maiores sob estresses associados ao NaCl e à radiação UV-B em todos os estádios de crescimento, exceto a concentração de H2O2, que foi maior no estádio de pré-floração sob radiação UV-B. Maiores quantidades de íons Na+ e Cl- acumularam-se em todos os estádios de crescimento, sob estresse salino. O déficit hídrico acarretou decréscimos nas concentrações de H2O2 e ASA, e menores atividades de PPO e GR; de modo oposto, a seca acarretou aumento na concentração de TBARS e maiores atividades de SOD, CAT e POX em todos os três estádios, em comparação com os respectivos controles. A atividade da POX no estádio de pós-floração foi, contudo, reduzida. As concentrações de pigmentos fotossintéticos foram reduzidas em todos os estádios de crescimento para os três estresses estudados. O índice de estabilidade de clorofilas decresceu sob estresse salino, aumentou somente no estádio de pós-floração sob radiação UV-B, aumentando também nos estádios de pré- e pós-floração sob déficit hídrico. A concentração de proteínas sob estresse salino foi menor que nas plantas-controle, exceto no estádio de pré-floração; sob estresses salino e de radiação UV-B, as concentrações protéicas foram maiores tanto em relação às dos respectivos controles como às das plantas tratadas com NaCl. Sugere-se que M. charantia exibe um mecanismo de proteção contra danos oxidativos via manutenção de um sistema antioxidante altamente induzido, em resposta aos três estresses aplicados.

concentração de íons; estresses ambientes; H2O2; sistema antioxidativo; susbstâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico


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