Os organofosforados (OPs) são amplamente usados como praguicidas e a atividade da colinesterase sanguínea bem como os metabólitos urinários desses praguicidas têm sido reportados como biomarcadores eficazes para avaliar casos de exposição. Além disso, os OPs podem induzir mutagênese e o teste de micronúcleo de medula óssea é uma boa alternativa para avaliar os danos cromossômicos. Esse artigo reporta um estudo sobre a correlação entre a exposição a dissulfoton, a atividade da colinesterase sanguínea, a excreção urinária de dietil tiofosfato e dietil ditiofosfato e a frequência de micronúcleos em eritrócitos policromáticos. Quatro grupos de ratos (n=12) foram expostos a dissulfotom nas doses de 0, 2,8, 4,7, e 6,6 mg kg-1 de peso corpóreo. A atividade da colinesterase sanguínea as concentrações urinárias de dietil tiofosfato e dietil ditiofosfato e a frequência de micronúcleos foram determinadas. Os resultados demonstraram que as atividades da colinesterase plasmática e eritrocitária diminuíram de 2,9 para 0,5% e de 35,9 para 3,3% , respectivamente, quando a dose de dissulfoton foi aumentada de 0 para 6,6 mg kg-1 (correlação de 0,99). As concentrações urinárias de dietil tiofosfato e dietil ditiofosfato bem como a frequência de micronúcleos aumentaram de 0 a 6,56 µg mL-1, 0 a 0.04 µg mL-1 e de 0 a 1.4%, respectivamente, quando a dose de dissulfotom foi aumentada de 0 a 6,58 mg kg-1.
Pesticidas; Organofosforados; Dissulfoton; Dialquil fosfatos; Colinesterase sanguínea; Eritrócitos policromáticos micronucleados