Este trabalho, realizado no ambulatório do Hospital Universitário da USP, estudou a repercussão de um programa educacional visando melhorar a adesão do paciente hipertenso ao tratamento. Participaram do trabalho 75 pacientes de ambos os sexos, sem discriminação de idade ou raça, sem outras patologias concomitantes, exceto obesidade, diabetes e dislipidemia. Quarenta e um pacientes assistiram palestras sobre uso de medicamentos e hipertensão arterial (HA), receberam orientação farmacêutica individualizada durante nove meses e foram denominados grupo experimental (GE); o grupo controle (GC), composto por 34 pacientes não assistiu palestras nem recebeu orientação farmacêutica, neste período. Os resultados foram avaliados por meio de níveis séricos de colesterol e frações, triacil-gliceróis (TG), sódio e potássio urinários, pressão arterial (PA), índice de massa corpórea (IMC), relação cintura/quadril (RCQ), além de respostas a questionário enfocando HA e tratamento. Verificou-se que os pacientes orientados apresentaram maior decréscimo da PA, TG e da RCQ, além de aumento da excreção urinária de potássio e do percentual de acertos em questionários, em relação ao GC. Concluiu-se que o processo educativo, utilizado nas condições deste estudo, melhora a resposta clínica do paciente ao tratamento anti-hipertensivo e deve fazer parte das estratégias terapêuticas de serviços de atendimento a pacientes hipertensos.
Hipertensão arterial; Educação em Saúde; Atenção Farmacêutica