Problemas dermatológicos relacionados com a pigmentação resultam em hiperpigmentações ou hipopigmentação cutâneas. Produtos cosméticos e farmacêuticos com atividade despigmentante são utilizados para o tratamento de pacientes que apresentam distúrbios de hiperpigmentação, tais como melasma ou cloasma, hiperpigmentação pós-inflamatória, lentigem senil e efélides. Os despigmentantes atualmente utilizados não são totalmente eficazes ou seguros, razão pela qual há intensa pesquisa, principalmente em países asiáticos, com a finalidade de se obter novos agentes com esta ação, em especial inibidores de enzimas envolvidas na melanogênese, como a tirosinase. Considerando-se que algumas substâncias obtidas de plantas apresentam essa atividade, a flora brasileira constitui-se uma fonte potencial de obtenção de novos despigmentantes. Por essa razão, 25 extratos aquosos e 24 orgânicos obtidos de 19 plantas da Floresta Amazônica e Mata Atlântica, provenientes de 11 diferentes famílias, foram avaliados quanto à atividade de inibição da tirosinase. Do total de 49 extratos testados, 9 mostraram atividade. Os valores de concentração da atividade inibitória 50% (AI 50%), foram calculados e o mais ativo foi o extrato orgânico das folhas e caule de Ruprechtia sp. (AI50 33,76 mg.mL-1) seguido do extrato orgânico dos órgãos aéreos de Rapanea parviflora (AI50 64,19 mg.mL-1).
Tirosinase; Melanina; Extrato de plantas; Despigmentantes; Plantas amazônicas