O objetivo do presente estudo foi determinar o efeito da suplementação de creatina e do exercício na integridade das fibras musculares e, também, o efeito da suplementação na técnica de mensuração da atividade da creatina kinase (CK). Quarenta e nove sedentários participaram de um estudo duplo-cego e foram divididos em dois grupos: C (n=26) que receberam 4x5 dias embalagens com 0,6 g.kg-1 de massa corporal com 50% de creatina + 50% de dextrose, e P (n=23) que receberam embalagens contendo apenas dextrose. No primeiro dia, eles realizaram o teste de 1RM para os exercícios supino reto, remada sentada, cadeira extensora, mesa flexora, e leg press. No D7 receberam os suplementos. No décimo quarto dia eles realizaram uma sessão de treinos com os cinco exercícios, cada um com 3x10 repetições a 75% de 1RM. Sangue foi coletado antes (D14) e depois da sessão de exercícios (D15). Diferentes concentrações de creatina no sangue foram testadas para determinar a influência nos métodos de medida da atividade de CK. ANOVA e o teste post-hoc de Tukey foram usados para comparar os grupos e as diferentes coletas (P<0,05). Não foram observadas mudanças significativas na atividade de CK nos grupos em D0, D7 e D14. Em D15 a atividade de CK aumentou 140% (mulheres) e 200% (homens). Não houve diferenças na atividade de CK entre os grupos. Concentrações sanguíneas de creatina até 5 mM não produziram efeitos significativos nos resultados de CK. A atividade de CK aumenta após o exercício, mas a creatina não tem influência na integridade da fibra muscular ou compromete o método de análise da CK.
Exercício físico; Creatina; Creatina quinase; Fibras musculares