RESUMO
O objetivo deste trabalho foi definir o perfil de intoxicação alcoólica aguda e estimar o risco de interações medicamentosas adversas (IMAs) potenciais em pacientes com intoxicação alcoólica atendidos na emergência hospitalar. Um estudo descritivo, serial, de corte transversal foi realizado com 4.271 indivíduos com intoxicação alcoólica, de janeiro 2009 a julho 2011. Correlações foram medidas pelo teste qui-quadrado. Os dados mostram alto consumo na população estudada, especialmente em homens de 25 a 59 anos. A principal circunstância de intoxicação foi o abuso (96,3%). Após tratamento, cura foi observada em 96,88% dos casos e morte em 0,7%. O risco de IMAs potenciais no atendimento médico incluiu 300 prontuários médicos com histórico de intoxicação alcoólica aguda. Possíveis interações medicamentosas (44,2%) e interações fármaco-álcool (55,8%) foram observadas em 60,6% dos prontuários analisados. Entre elas, 3%, 92,4% e 4,6% foram classificadas como leve, moderada e grave, respectivamente. A medição das IMAs visa a prevenir complicações clínicas no atendimento dos agravos devido ao abuso de álcool.
Unitermos:
Intoxicação alcoólica; Serviços Médicos de Emergência; Medicamentos/interações adversas/controle de risco; Medicamentos/interação com álcool/controle de risco.