RESUMO
Neste estudo, abordamos como os vídeos no YouTube promovem desinformação sobre a hidroxicloroquina no Brasil. Seguimos duas questões de pesquisa. RQ1: Como o conteúdo pró-hidroxicloroquina é propagado no YouTube? RQ2: Como o sistema de recomendação do YouTube sugere vídeos sobre hidroxicloroquina na plataforma? Usamos métodos mistos (análise de conteúdo e análise de redes sociais) para analisar 751 vídeos do YouTube. Descobrimos que a maioria dos vídeos pró-HCQ em nosso conjunto de dados foi postado pelos principais canais de mídia (RQ1) e que o YouTube era mais propenso a recomendar vídeos pró-HCQ do que vídeos anti-HCQ (RQ2). Consequentemente, a imprensa tradicional brasileira e os algoritmos do YouTube fomentaram a disseminação de conteúdo pró-HCQ.
Palavras-chave
Desinformação; Covid-19; YouTube; Câmaras de Eco; Imprensa Tradicional