RESUMO
O artigo defende a necessidade de aproximação entre a proposta de jornalismo crítico-emancipatório de Adelmo Genro Filho (2012) e os debates no interior da ética marxista. De natureza teórico-conceitual, são apresentados aportes para, na esteira dos fundamentos ontológicos que sustentam uma Teoria do Jornalismo, contribuir para o desenvolvimento, necessariamente coletivo, prático e engajado, da práxis noticiosa. A práxis ética como guia da práxis noticiosa colocam-se, não obstante, como enfrentamento e só são possíveis ao se assumir um lugar na luta de classes em andamento. Isso exige o retorno do sujeito histórico como agente do processo de metabolismo social, mobilização que pode contar com o papel formador do jornalismo crítico-emancipatório, mas que depende também de um amplo movimento renovado que coloque na ordem do dia outra forma de vida coletiva.
Palavras-chave
Teoria do jornalismo; Ética; Marxismo