RESUMO
Introdução:
A complexidade do transplante de fígado requer uma equipe altamente qualificada, no qual o assistente social desempenha papel crucial para analisar e intervir na situação social dos candidatos.
Objetivos:
Investigar o perfil social dos candidatos ao transplante de fígado e relacioná-lo com as intervenções e reflexões efetuadas durante a avaliação social na Unidade de Transplante de Fígado do Hospital de Base.
Métodos:
Com base nos registros do Serviço Social, foram analisadas as informações dos candidatos avaliados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Este estudo quantitativo-qualitativo, retrospectivo, descritivo e documental, com observação participante, foi conduzido a partir de um panorama dialético.
Resultados
Durante o período de coleta de dados, obteve-se174 avaliações. Perfil social: média etária de 55,8 anos, predominância masculina (N=116; 66,7%), com companheiro/a (N=129; 74,1%), residentes em municípios do estado de São Paulo (124; 71,3%), ensino fundamental incompleto (N=68, 39,1%), baixo nível de instrução (N=65; 37,4%), inatividade no mercado de trabalho (N=151; 86,8%), acessando benefício da previdência social (N=120; 69%), positiva aceitação do transplante (N=158; 90,8%), família nuclear (N=120; 69%), oferta de cuidados e aderência familiar (N= 172;98,9%), acesso parcial a medicamentos (N=122; 70,1%), facilidade de acesso ao centro transplantador (N=157; 90,2%), renda per capita familiar de 1\2 a 2 salários mínimos (N=107; 61,5%) e padrão habitacional e estado de conservação satisfatório/conservado (N=157; 90,3%).
Conclusão
O perfil social de maior vulnerabilidade social exigiu mais intervenções na maioria das 25 variáveis avaliadas, fornecendo elementos importantes para a identificação e atendimento das necessidades sociais de cada indivíduo.
Descritores
Análise de situação; Transplante de fígado; Perfil de saúde; Serviço social