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Identificação dos fatores associados com a adesão à medicação em pacientes transplantados renais: Uma revisão da literatura integrativa

RESUMO

Objetivo:

O objetivo do trabalho foi identificar os fatores associados com a adesão à medicação em pacientes transplantados renais, mostrando os fatores que contribuem para o aumento e a diminuição da adesão.

Métodos:

Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, buscando nas bases de dados Medline Complete, Academic Search Premier, Embase e CINAHL. Foi usado o programa Rayyan para gestão dos trabalhos.

Resultados:

Identificaram-se inicialmente 1.859 trabalhos e foram incluídos 36 artigos. Todos os estudos envolviam pacientes adultos, geralmente com média de idade entre 40 e 50 anos. Os homens foram a maioria dos pacientes em praticamente todos os estudos. A maior parte dos pacientes transplantados possuía mais de um ano de transplante. A adesão foi aferida na maior parte dos estudos por instrumentos validados e amplamente usados, como o caso do The Basel Assessment of Adherence to Immunosuppressive Medication Scale (Baasis) e a Escala de Adesão à Terapia Imunossupressora (ITAS). Outras escalas usadas para outras doenças também foram adotadas, como o instrumento de Morisky, usado nas versões de quatro ou oito questões. Os valores de adesão foram bastante distintos variando de valores muito baixos como 10,8 e 16,9%, até valores muito altos como 90,8 ou 94,5%. Entre os fatores que aumentam a adesão estão: maior índice de satisfação com a vida; melhor percepção dos medicamentos; apoio dos médicos; suporte social; maior tempo de espera em lista de transplante; e melhores resultados de função renal. Entre os fatores que diminuem a adesão à medicação cita-se: possuir vínculo de trabalho; sonolência diurna; enfrentamento tipo paliativo; menor autonomia; problemas financeiros; possuir estresse; mudança de rotina; menor conhecimento e literacidade em saúde; eventos adversos aos imunossupressores; crenças e preocupações com os imunossupressores; menor crença na autoeficácia; e religiosidade intrínseca. Além disso, houve fatores em que existe, na literatura, divergência quanto à influência na adesão como sexo, idade, renda e tempo de transplante.

Conclusão:

Este estudo demonstrou que diversos fatores modificáveis e não modificáveis contribuem para a adesão à medicação o que demonstra a importância destes achados para o cuidado de pacientes transplantados renais.

Descritores
Transplante de Rim; Adesão à Medicação; Imunossupressores

ABSTRACT

Objective:

To identify factors associated with medication adherence in kidney transplant patients, showing the factors that contribute to increased and decreased adherence.

Methods:

A literature review was performed, searching the Medline Complete, Academic Search Premier, Embase and CINAHL databases. Rayyan was used for job management.

Results:

Of the 1,859 works initially identified, 36 articles were included in this research. All studies involved adult patients, usually with a mean age between 40 and 50 years. Men were the majority of patients in virtually every study. Most transplant patients had been transplanted for more than one year. Adherence was measured in most studies using validated and widely used instruments, such as The Basel Assessment of Adherence to Immunosuppressive Medication Scale (Baasis) and the Adherence to Immunosuppressive Therapy Scale (ITAS). Other scales used for other diseases were also adopted, such as the Morisky instrument, used in versions with four or eight questions. Adherence values were quite distinct, ranging from very low values such as 10.8 and 16.9%, to very high values such as 90.8 or 94.5%. Among the factors that increase adherence are higher life satisfaction rate; better perception of medications; support from doctors; social support; longer waiting time on the transplant list; and better kidney function results. Among the factors that reduce medication adherence are: having a work contract; daytime sleepiness; palliative type of coping; less autonomy; financial problems; have stress; change of routine; less knowledge and literacy in health; adverse events to immunosuppressants; beliefs and concerns about immunosuppressants; lower belief in self-efficacy; and intrinsic religiosity. In addition, there were factors in which there is divergence in the literature regarding the influence on adherence, such as gender, age, income and time since transplantation.

Conclusion:

This study demonstrated that several modifiable and non-modifiable factors contribute to medication adherence, which demonstrates the importance of these findings for the care of kidney transplant patients.

Descriptors
Kidney Transplantation; Medication Adherence; Immunosuppressive Agents

INTRODUÇÃO

O transplante de rim é considerado uma forma de tratamento para o paciente com insuficiência renal, sendo um procedimento complexo, no qual o paciente necessita passar por uma cirurgia, podendo o enxerto ser de doador vivo ou falecido. Para que a doação seja de pessoa falecida no Brasil, mesmo que o doador tenha informado em vida a sua intenção, a família ou os responsáveis devem anuir pela doação após a constatação de morte encefálica. Cabe destacar que o transplante é apenas uma forma de terapia, devendo o paciente transplantado seguir um tratamento que consiste em mudanças no estilo de vida e uso de tratamento imunossupressor.11 Associação Brasileira de Transplante de Órgãos [ABTO]. Manual de transplante renal. Barueri: ABTO. [citado 21 set 2022]. Disponível em: https://site.abto.org.br/biblioteca_publicacao/manual-de-transplante-renal/
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Nesse tratamento estão incluídos medicamentos divididos nas classes de antimetabólitos, inibidores de mammalian target of rapamycin (mTOR), corticosteroides e inibidores da calcineurina.22 Halloran PF. Immunosuppressive drugs for kidney transplantation. N Engl J Med. 2004;351(26):2715-29. https://doi.org/10.1056/NEJMra033540
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Esses medicamentos são utilizados no pós-transplante, para evitar rejeição ou até mesmo perda do enxerto.33 Restrepo-Marulanda LV, Salazar-Maya AM. El cuidador, el rechazo y la pérdida del trasplante renal en niños y adolescentes. Rev Cienc Cuidad. 2020;17(3):20-32. https://doi.org/10.22463/17949831.1696
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A adesão à medicação é o ato de o paciente usar seus medicamentos e seguir o tratamento conforme orientado pelos profissionais de saúde que o acompanham. Alguns fatores dificultam a adesão à medicação em transplantados renais, entre eles estão o número de medicamentos e os eventos adversos.55 Silva ACS, Martins BCC, Adriano LS, Fonteles MMF, Reis PHV, Chaves EF. Complexidade da farmacoterapia pós- transplante renal: Influência na adesão ao tratamento. Rev Eletr Far. 2017;14(3)53-63. https://doi.org/10.5216/ref.v14i3.44894
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A medida da adesão pode ser realizada de diversas formas; uma das mais comuns é a verificação da frequência e da quantidade de doses que o paciente utilizou. Também há instrumentos específicos para a avaliação de adesão de imunossupressores como The Basel Assessment of Adherence to Immunosuppressive Medication Scale (Baasis) e Escala de Adesão à Terapia Imunossupressora (ITAS), além de escalas usadas para outras doenças como a ferramenta de Morisky. Contudo, por serem formas indiretas de medir a adesão, geralmente trazem resultados sobrestimados. Além disso, o Baasis requer um cadastro no website e o Morisky, dependendo da versão adotada, necessita de pagamento para sua utilização. Ainda, ressalta-se que métodos diretos, como a dosagem no sangue da dose do imunossupressor, nem sempre estão associados à adesão, pois há influência importante de interações medicamentosas e com alimentos, bem como dos diferentes tipos de metabolizadores.44 Gustavsen M, Lonning K, Midvedt K, Reiseater AV, Asberg A. Adherence to immunosuppressive medications in renal transplant recipients – Different tools capture different patients. Transplant. 2018;10:S282. https://doi.org/10.1097/01.tp.0000542980.68984.ea
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Cabe destacar que os medicamentos usados após o transplante não são apenas aqueles imunossupressores, pois, dependendo do protocolo, usam-se antimicrobianos, por causa de susceptibilidade às infecções além de outros medicamentos, como antiulcerosos. Também há casos de pacientes que já possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão,66 Silva AN, Moratelli L, Tavares PL, Marsicano EO, Pinhati RR, Colugnati FAB, Luchetti G, Sanders- Pinheiro H. Self-efficacy beliefs, locus of control, religiosity and non-adherence to immunosuppressive medications in kidney transplant patients. Nephrology. 2016;21(11):938-43. https://doi.org/10.1111/nep.12695
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e vão utilizar medicamentos para esses ou outros problemas de saúde. Sendo assim, a polifarmácia observada nessas situações predispõe às interações medicamentosas e aos eventos adversos, o que pode dificultar a adesão aos medicamentos, por tornar a terapia mais complexa.77 Pinheiro HF, Colugnati FAB, Denhaerynck K, Marsicano EO, Medina JOP, Geest S. Multilevel correlates of immunosuppressive noradherence in kidney transplant patients: The Multicenter ADHERE BRAZIL Study. Transplant. 2021;105(1):255-66. https://doi.org/10.1097/TP.0000000000003214
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Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo identificar os fatores associados com a adesão à medicação em pacientes transplantados renais.

MÉTODOS

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura para identificar os fatores associados com a adesão à medicação imunossupressora em pacientes transplantados renais. Para tanto, foram formuladas as questões “Qual a frequência de adesão aos imunossupressores em pacientes transplantados renais?” e “Quais os fatores associados com a adesão à medicação imunossupressora em pacientes transplantados renais?”

Os descritores do Medical Subject Headings (MeSH) adotados nesta revisão são os termos: “Kidney Transplantation” AND “Medication Adherence”.

As bases de dados utilizadas foram MEDLINE Complete, Academic Search Premier, Embase e CINAHL. Não foi definida delimitação temporal e os trabalhos analisados estavam nos idiomas português, inglês e espanhol.

Como critérios de inclusão foram adotados trabalhos que abordaram a adesão à medicação imunossupressora de pacientes transplantados renais em pacientes adultos. Já como critérios de exclusão optou-se por trabalhos que não apresentaram a frequência da adesão ou não identificaram os fatores associados significativamente a esse comportamento.

Após a busca dos trabalhos nas bases de dados, foi adotado o programa Rayyan para auxiliar na organização. Todas as etapas foram realizadas por dois pesquisadores simultaneamente. Inicialmente, foram excluídos os trabalhos repetidos. Posteriormente, foi realizada a análise de títulos e resumos, e em seguida dos artigos completos.

Os trabalhos selecionados teriam as informações extraídas, sendo de caracterização dos trabalhos: ano de publicação, autores, local do estudo (país/países), objetivo do estudo, tipo de estudo, tamanho da amostra, idade dos pacientes, sexo dos pacientes, tempo de transplante; e de caracterização da adesão: método de aferição da adesão, resultado observado de adesão e os fatores associados identificados. Foram considerados fatores associados aqueles que, por meio de testes estatísticos univariados ou multivariados, demonstraram associação significativa (p < 0,05).

Posteriormente, esses fatores foram organizados e classificados quanto à possibilidade de modificação. Adotaram-se como fatores modificáveis aqueles que, por consenso dos proponentes do estudo, foram considerados possíveis de serem alterados por intervenção da equipe de cuidado ou não. Já os não modificáveis foram aqueles que não há como alterar (exemplo, idade, sexo, exposição anterior ao transplante a hemodiálise).

Este trabalho não foi submetido a um comitê de ética em pesquisa por se tratar de uma revisão da literatura conforme previsto na Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde.

RESULTADOS

A Fig. 1 apresenta o fluxograma de seleção dos trabalhos para esta revisão. Inicialmente, foram identificados 1.859 e ao final foram selecionados 36 artigos. A primeira etapa dos artigos identificados foi a retirada de 570 artigos por duplicidade, restando 1.289 artigos para análise por título e resumo. Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram retirados 1.178 artigos pela análise de título e resumo. Para análise do texto completo foram selecionados 111 artigos, sendo que 19 artigos não foram localizados na forma completa no portal de periódicos da Capes para se realizar essa análise. Foram excluídos 55 artigos, utilizando os critérios de exclusão.

Figura 1
Fluxograma da revisão sobre fatores associados à adesão à medicação de imunossupressores em pacientes transplantados renais.

A Tabela 1 apresenta a caracterização dos estudos incluídos neste trabalho. Todos os estudos identificados foram observacionais, a maioria foi desenvolvida na última década e teve como objetivo mais comum determinar a adesão e os fatores associados a ela. Além disso, a maior parte dos estudos foi pequena, envolvendo menos de ou poucas centenas de pacientes; apenas dois estudos envolveram números maiores de pacientes, sendo o maior com quase 54.000 pacientes. Todos os estudos envolviam pacientes adultos, geralmente com média de idade entre 40 e 50 anos. Os homens foram a maioria dos pacientes em praticamente todos os estudos. A maior parte dos pacientes transplantados possuía mais de um ano de transplante. Na Fig. 2 é apresentado um mapa com a distribuição geográfica dos estudos.

Tabela 1
Caracterização dos participantes dos estudos selecionados na revisão sobre fatores associados à adesão à medicação de imunossupressores em pacientes transplantados renais.
Figura 2
Distribuição geográfica dos estudos incluídos na revisão sobre os fatores associados a adesão à medicação imunossupressora de pacientes transplantados renais.

Os dados estão disponíveis no Repositório Institucional da UnB descrevem os métodos de aferição da adesão, os resultados observados de adesão e os fatores associados identificados. A adesão foi aferida na maior parte dos estudos por instrumentos validados e amplamente usados, como o Baasis e a ITAS. Outras escalas usadas para outras doenças também foram adotadas, como o instrumento de Morisky, usado em diversas versões de 4 ou 8 questões. Os valores de adesão foram bastante distintos variando de valores muito baixos como 10,8 e 16,9%, até valores muito altos como 90,8 e 94,5%. Os testes usados para aferir as associações envolveram tanto aqueles univariados como os multivariados.

Os fatores associados foram bastante diversos e foram sistematizados na Tabela 2.

Tabela 2
Síntese dos fatores associados à adesão aos imunossupressores segundo a revisão da literatura, 2021.

Há fatores associados que demonstram discrepância como é o caso da idade, sexo e renda. Alguns imunossupressores possuem relação com a adesão, o que pode estar relacionado ao custo ou aos eventos adversos. Muitos fatores associados à adesão estão relacionados com a relação com a equipe de cuidado, o letramento em saúde e a forma de enfrentamento e a autonomia. Observou-se que fatores como o apoio social aumenta a chance de adesão. Já questões emocionais como estresse e depressão se associam negativamente à adesão.

Com a identificação dos fatores associados, pode-se observar que alguns fatores são bastante persistentes para a contribuição da não adesão à medicação, podendo citar o baixo conhecimento ou a falta de credibilidade nos imunossupressores também contribuem para a não adesão à medicação.

DISCUSSÃO

Os resultados demonstram que os artigos inseridos nesta revisão eram recentes e originados principalmente em países da América do Norte e Europa. Isso ocorre devido ao fato de ser nesses locais onde se concentra a maior quantidade de equipes e de transplantes renais no mundo.4242 Organ procurement and transplantation network. More than 30,000 transplants performed annually for first time in United States. [citado 21 set 2022]. https://optn.transplant.hrsa.gov/news/more-than-30-000-transplants-performed-annually-for-first-time-in-united-states/
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Contudo, mesmo que o Brasil seja um país com grande número de transplantes renais,11 Associação Brasileira de Transplante de Órgãos [ABTO]. Manual de transplante renal. Barueri: ABTO. [citado 21 set 2022]. Disponível em: https://site.abto.org.br/biblioteca_publicacao/manual-de-transplante-renal/
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observaram-se apenas cinco trabalhos realizados entre todos os inseridos.

Como a doença renal crônica acomete principalmente pessoas adultas e do sexo masculino, identificou-se nos artigos selecionados um perfil de pacientes semelhante. Corroborando esses dados, a ABTO11 Associação Brasileira de Transplante de Órgãos [ABTO]. Manual de transplante renal. Barueri: ABTO. [citado 21 set 2022]. Disponível em: https://site.abto.org.br/biblioteca_publicacao/manual-de-transplante-renal/
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descreve que são os homens adultos os mais frequentes pacientes do transplante renal.

A adesão foi aferida na maior parte dos estudos por instrumentos validados e amplamente usados, como o caso do Baasis e ITAS (dados disponíveis em repositório de dados). Por outro lado, usou-se também o instrumento de Morisky nas versões de quatro ou oito questões. Esse instrumento foi inicialmente desenvolvido para a avaliação da adesão em hipertensos. Segundo Pasquali,4343 Pasquali L. Psyschomethics. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):992-9. https://doi.org/10.1590/S0080-62342009000500002
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alguns autores desenvolvem seus próprios instrumentos e também utilizam bancos de dados. Mesmo que todos esses instrumentos tenham como objetivo aferir o mesmo comportamento, a comparação entre os resultados nem sempre é possível, devido a complexidade de fenômeno avaliado e a diferenças nos seus constructos.

Os valores apresentados de adesão foram diversificados, variando de valores muito altos (próximo de 100%) a valores muito baixos (em torno de 10%). Esses achados podem estar relacionados com diversos fatores como perfil dos pacientes, método usado para adesão, tempo de observação, os medicamentos usados, tempo da doença, entre outros.4444 Trauthman SC, Biudes MF, Mello AF, Rosa FS, Peters CA, Galato D. Métodos de avaliação de adesão farmacoterapêutica adotas no Brasil. Infarma. 2014;26(1):11-26. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v26.e1.a2014.pp11-26
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A seguir, discutiremos os principais fatores relacionados à adesão aos imunossupressores identificados nos diferentes estudos.

Algumas variáveis demográficas foram descritas quanto à associação com a adesão. A idade e o sexo são apontados como fatores que tanto podem aumentar quanto diminuir a adesão, portanto devem ser observados com cautela no manejo de pacientes transplantados2121 Ganjali R, Sabbagh MG, Nazemiyan F, Mamdouhi F, Aval SB, Taherzadeh Z et al. Factors associated with adherence to immunosuppressive therapy and barriers in Asian kidney transplant recipients. Immunotargets Ther. 2019;8(1):53-62. https://doi.org/10.2147/ITT.S212760
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. A cor da pele (não branca) também foi identificada como um fator que diminui a adesão à medicação, porém, por ter sido identificada em único estudo, não deve ser considerada no cuidado dos pacientes. Já o fato de o paciente não ser nativo do país ser associado a baixa adesão à medicação deve estar relacionado a barreiras, como a não compreensão da língua do país e dificuldade interpretar seu tratamento.3131 Pabst S, Bertram A, Zimmermann T, Schiffer M, Zwaan M. Physician reported adherence to immunosuppressants in renal transplant patients: Prevalence, agreement, and correlates. J Psychosom Res. 2015;79(5):364-71. https://doi.org/10.1016/j.jpsychores.2015.09.001
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De forma distinta, observou-se que o fato de o paciente ser casado foi apontado como um fator que aumenta a adesão, o que pode estar associado ao fato de o companheiro contribuir para que o paciente siga a farmacoterapia corretamente, contribuindo de forma positiva na adesão à medicação,4141 Xia M, Yan J, Liu S, Liu J. Beliefs of immunosuppressive medication among Chinese renal transplant recipients, as assessed in a cross-sectional study with the basel assessment of adherence to immunosuppressive medications scale. Transplant Proc. 2019;51(3):742-8. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2018.10.029
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ou seja, seria uma forma de apoio social. Corroborando esse achado, foi demonstrado nos resultados que o suporte social contribui para o aumento da adesão mostrando a importância da rede de apoio ao paciente, seja ela uma ajuda material ou financeira, pois muitos pacientes possuem recuperação lenta, demorando a voltar às suas atividades laborais. O apoio emocional também é importante para o paciente como a compreensão e o cuidado e apoio afetivo.1616 Cossart AR, Staatz CE, Campbell SB, Isbel NM, Cottrell WN. Investigating barriers to immunosuppressant medication adherence in renal transplant patients. Nephrology. 2019;24(1):102-10. https://doi.org/10.1111/nep.13214
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Nesse sentido, os problemas financeiros (pacientes com baixa renda) são apontados como fatores que se tornam barreiras para a adesão, pelo fato de o paciente não possuir recurso para ir às consultas ou adquirir os medicamentos nas unidades de dispensação dificultam a continuidade do tratamento.1616 Cossart AR, Staatz CE, Campbell SB, Isbel NM, Cottrell WN. Investigating barriers to immunosuppressant medication adherence in renal transplant patients. Nephrology. 2019;24(1):102-10. https://doi.org/10.1111/nep.13214
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Também relacionado aos pacientes está o maior índice de comorbidades, ou seja, o parâmetro que informa a quantidade de outros problemas de saúde existentes e sua complexidade foi apontado nos resultados como um fator que diminui a adesão à medicação. Isso pode ocorrer tanto por aumentar a complexidade da farmacoterapia, quanto pelas interações entre os medicamentos.66 Silva AN, Moratelli L, Tavares PL, Marsicano EO, Pinhati RR, Colugnati FAB, Luchetti G, Sanders- Pinheiro H. Self-efficacy beliefs, locus of control, religiosity and non-adherence to immunosuppressive medications in kidney transplant patients. Nephrology. 2016;21(11):938-43. https://doi.org/10.1111/nep.12695
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,2828 Lee SY, Chu SH, Huh KH. Low adherence to immunosuppressants is associated with symptom experience among kidney transplant recipients. Transplant Proc. 2015;47(9):2707-11. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2015.09.056
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Por outro lado, vários fatores qualitativos foram descritos como associados à adesão. Um deles foi a percepção sobre o controle da vida que diz respeito às crenças pessoais acerca da própria capacidade para controlar eventos e ameaças. Nesse sentido, esse fator foi associado à diminuição da adesão, pois o paciente não tem autonomia das próprias decisões e não tem estímulo para realizar o tratamento com os medicamentos por achar que suas atitudes não são de utilidade.4848 Stocks A, April KA, Lynton N. Locus of control and subjective well-being – A cross cultural study. Probl Perspect Manag 2012;10(1):17-25.

Semelhante a isso, tem-se a autoeficácia, que é a percepção do indivíduo sobre suas capacidades no desempenho de uma determinada atividade. Esse fator foi associado positivamente com o aumento da adesão pelo fato de o paciente procurar vencer os desafios propostos, inclusive relacionados ao seu tratamento.4949 Barros M, Batista-dos-Santos AC. Por dentro da autoeficácia: um estudo sobre seus fundamentos teóricos, suas fontes e conceitos correlatos. Rev Esp Acad. 2010;X(112):1-9. Outro fator que aumenta a adesão é a religiosidade intrínseca, em que o paciente busca harmonizar seus interesses e suas necessidades de acordo com suas crenças, esforçando-se para segui-las, aderindo, assim, à medicação.55 Silva ACS, Martins BCC, Adriano LS, Fonteles MMF, Reis PHV, Chaves EF. Complexidade da farmacoterapia pós- transplante renal: Influência na adesão ao tratamento. Rev Eletr Far. 2017;14(3)53-63. https://doi.org/10.5216/ref.v14i3.44894
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Corroborando esses achados, observou-se ainda que o índice de satisfação do paciente com a sua vida está associado ao aumento da adesão à medicação, classificado como um fator modificável e que está associado com o transplante e com a função renal.4747 Santos LF, Prado BC, Castro FPS, Brito RF, Maciel SC, Avelar TC. Qualidade de vida em transplantados renais. Psico-USF. 2018;23(1):163-72. https://doi.org/10.1590/1413-82712018230114
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Da mesma forma, a presença de fatores emocionais como estresse e depressão diminuem a adesão à medicação. Isso ocorre pois, muitas vezes, o estado emocional do paciente não permite que o paciente mantenha seu tratamento.99 Brito DCS, Marsicano EO, Grincenkov FRS, Colugnati FAB, Lucchetti G, Sanders-Pinheiro H. Stress, coping and adherence to immunosuppressive medications in kidney transplantation: A comparative study. Sao Paulo Med J. 2016;134(4):292-9. https://doi.org/10.1590/1516-3180.2015.01071008
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Nesse caso, a identificação desses problemas por parte da equipe é importante para a garantia do sucesso do transplante.

Já a baixa literacidade em saúde foi apontada nos resultados como fator que diminui a adesão. Isso pode ocorrer pelo fato de o paciente não compreender os cuidados que necessita com sua saúde pós transplante, começando pela importância do uso dos imunossupressores e da continuidade do acompanhamento com a equipe de saúde.2020 Demian MN, Shapiro RJ, Thornton WL. An observational study of health literacy and medication adherence in adult kidney transplant recipients. Clin Kidney J. 2016;8(6):858-65. https://doi.org/10.1093/ckj/sfw076
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Corroborando esse achado, observou-se que o baixo conhecimento sobre o tratamento farmacológico contribui para a diminuição da adesão. Isso pode ocorrer pelo fato da farmacoterapia imunossupressora não ser utilizada em grande escala pela população, o que pode gerar insegurança e falta de conhecimento sobre a real necessidade do tratamento na prevenção da rejeição.1717 Costa-Requena G, Cantarell MC, Moreso F, Parramon G, Seron D. Adherencia al tratamiento tras trasplante renal como indicador de calidad de la información recibida: Estudio longitudinal con un seguimiento de 2 años. Rev Calid Asist. 2016;32(1):33-9. https://doi.org/10.1016/j.cali.2016.05.004
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Por outro lado, a percepção positiva sobre os medicamentos imunossupressores também é um fator que aumenta a adesão, neste caso, a compreensão da farmacoterapia e a crença na sua eficácia são fatores que melhoram este comportamento.2424 Griva K, Neo HLM, Vathsala A. Unintentional and intentional non-adherence to immunosuppressive medications in renal transplant recipients. Int J Clin Pharm. 2018;40:1234-41. https://doi.org/10.1007/s11096-018-0652-6
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,2626 Kung PC, Yeh MC, Lai MK, Liu HE. Renal transplant recipients: The factors related to immunosuppressive medication adherence based on the health belief model. J Nurs Res. 25(5):392-7. https://doi.org/10.1097/JNR.0000000000000181
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Além desses fatores, outras situações como a mudança de rotina foram associadas como um fator que diminui a adesão, pois os pacientes acabam esquecendo de tomar sua medicação nos horários corretos. Esse cenário acaba sendo mais comum nos fins de semana.3535 Schmid-Mohler G, Thut MP, Wüthrich RP, Denhaerynck K, Geest S. Non-adherence to immunosuppressive medication in renal transplant recipients within the scope of the integrative model of behavioral prediction: A cross-sectional study. Clin Transplant. 2010;24(2):213-22. https://doi.org/10.1111/j.1399-0012.2009.01056.x
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De forma semelhante, a sonolência diurna excessiva, caracterizada como a incapacidade da pessoa se manter acordada no período de vigília diurno, também foi associada à diminuição da adesão à medicação,1010 Burkhalter H, Justice AW, Cajochen C, Weaver TE, Steiger J, Fehr T, Venzin RM, Geest S. Daytime sleepiness in renal transplant recipients is associated with immunosuppressive non-adherence: A cross-sectional, multi-center study. Clin Transplant. 2004;28(1):58-66. https://doi.org/10.1111/ctr.12279
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isso ocorre possivelmente pela perda dos horários ou mesmo a omissão de doses dos medicamentos, como ocorre também nas mudanças de rotina.

Ainda nesse contexto, as atividades laborais foram associadas a diminuição da adesão à medicação. Sabe-se que os pacientes transplantados renais voltam ao trabalho de maneira gradativa e lenta após o procedimento.11 Associação Brasileira de Transplante de Órgãos [ABTO]. Manual de transplante renal. Barueri: ABTO. [citado 21 set 2022]. Disponível em: https://site.abto.org.br/biblioteca_publicacao/manual-de-transplante-renal/
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Com o retorno ao trabalho, o paciente muda a rotina e, dependendo do horário dos medicamentos, pode ocorrer o esquecimento ou atraso das doses ocasionando a não adesão,3535 Schmid-Mohler G, Thut MP, Wüthrich RP, Denhaerynck K, Geest S. Non-adherence to immunosuppressive medication in renal transplant recipients within the scope of the integrative model of behavioral prediction: A cross-sectional study. Clin Transplant. 2010;24(2):213-22. https://doi.org/10.1111/j.1399-0012.2009.01056.x
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além disso, o trabalho pode interferir no acesso aos serviços de saúde (consultas de rotina) ou aos medicamentos por incompatibilidade de horários para acessar os medicamentos.

De forma semelhante, quando há facilidade de acesso ao serviço de saúde e também à equipe médica observou-se maior adesão à medicação, podendo demonstrar que o paciente transplantado tem a necessidade do acompanhamento.2525 Kobayashi S, Tsutsui J, Okabe S, Hideki I, Akaho R, Nishimura K. Medication nonadherence after kidney transplantation: An internet-based survey in Japan. Psychol Health Med. 2019;25(1):91-101. https://doi.org/10.1080/13548506.2019.1622745
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Com relação à doença renal, seu tratamento e tipo de doador, observou-se que o tempo de hemodiálise realizado antes do transplante foi apontado como um fator que contribui para o aumento da adesão. O paciente que realiza hemodiálise em alguns dias da semana necessita ir ao hospital para que o procedimento seja realizado, tendo que adequar sua rotina e modificar para seguir com o tratamento.4545 Sociedade Brasileira de Nefrologia. O que é transplante renal? [citado 21 set 2022]. https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/transplante-renal/
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Em função disso, o valor dado ao transplante é maior e, portanto, serve como fator que estimula um comportamento cuidadoso com os medicamentos. Além disso, estudos1818 Couzi L, Moulin B, Morin MP, Albano L, Godin M, Barrou B, Alamartine B, Morelon B, Girardot- Seguin S, Mendes L, Misdrahi D, Cassuto E, Merville P. Factors predictive of medication nonadherence after renal transplantation: A French observational study. Transplant. 2013;95(2):326-32. https://doi.org/10.1097/TP.0b013e318271d7c1
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,3333 Rocha DF, Canabarro ST, Figueiredo AE, Sudbrack AW. Avaliação da adesão à terapia imunossupressora por autorrelato de pacientes submetidos ao transplante renal. Sci Med. 2017;27(4):ID28181. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.4.28181
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apontam que o fato de os pacientes ficarem por muito tempo na lista de espera pelo transplante, na esperança da melhoria do quadro clínico, influencia a maior adesão no início do transplante.

Já possuir doador vivo foi demonstrado como um fator que diminui a adesão. Os pacientes que recebem doação de pessoas vivas ficam menos tempo na fila de espera e muitas vezes fazem transplante preemptivo (antes de iniciar diálise). Nesse caso, o tempo de espera e da cirurgia é menor, podendo resultar em menor valor ao tratamento.2222 Goldfarb-Rumyantzev AS, Wright S, Ragasa R, Ostler D, Orden JV, Smith L et al. Factors associated with nonadherence to medication in kidney transplant recipients. Nephron Clin Pract. 2011;117(1):c33-9. https://doi.org/10.1159/000319645
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O paciente ter realizado mais de um transplante também foi apontado como um fator que diminui a adesão, podendo o paciente ter a percepção que se realizou um procedimento, tem chances de realizar outro novamente.2525 Kobayashi S, Tsutsui J, Okabe S, Hideki I, Akaho R, Nishimura K. Medication nonadherence after kidney transplantation: An internet-based survey in Japan. Psychol Health Med. 2019;25(1):91-101. https://doi.org/10.1080/13548506.2019.1622745
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O tempo de transplante foi um fator associado com a adesão. Quanto menor esse tempo, maior a adesão observada e vice-versa. Isso pode estar relacionado a alguns fatores, um deles é que, logo após o transplante, o paciente é melhor acompanhado pela equipe, tem mais receio de rejeição e valoriza mais o fato de não precisar da diálise.4646 Burns MAC, Kwong JW, Mulloy LL, Spivey CA. Nonmodifiable characteristics associated with nonadherence to immunosuppressant therapy in renal transplant recipients. Am J Health Syst Pharm. 2008;65(1):1242-7. https://doi.org/10.2146/ajhp070630
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Além disso, também tem relação com a persistência no tratamento, ou seja, manter-se aderente com o passar do tempo.

Além disso, dados relacionados à função do enxerto, como não ter aumento da taxa de creatinina e possuir maior taxa de filtração glomerular, foram associados como fatores que aumentam a adesão, uma vez que o paciente observa o benefício do transplante em seus resultados clínicos.1313 Chisholm-Burns MA, Lance CE, Mulloy LL. Patient factors associated with adherence to immunosuppressant therapy in renal transplant recipients. Am J Health Syst Pharm. 2005;62(1):1775-81. https://doi.org/10.2146/ajhp040541
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,2727 Lali? J, Veli?kovi?-Radovanovi? R, Miti? B, Paunovi? G, Cvetkovi? T. Immunosuppressive medication adherence in kidney transplant patients. Med Princ Pract. 2014;23(4):351-6. https://doi.org/10.1159/000362792
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Já com relação aos imunossupressores adotados, observou-se que o uso de alguns imunossupressores que possuem chance de desenvolver eventos adversos pode reduzir a adesão e consequentemente a sobrevida de pacientes transplantados renais.77 Pinheiro HF, Colugnati FAB, Denhaerynck K, Marsicano EO, Medina JOP, Geest S. Multilevel correlates of immunosuppressive noradherence in kidney transplant patients: The Multicenter ADHERE BRAZIL Study. Transplant. 2021;105(1):255-66. https://doi.org/10.1097/TP.0000000000003214
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,5050 Garcia CD, Pereira JD, Garcia VD. Livro Transplante de órgãos e tecidos. São Paulo: Segmento Farma; 2015. Um exemplo é o uso do micofenolato que causa transtornos gástricos, como diarreia, que interferem de maneira importante na rotina do paciente.1818 Couzi L, Moulin B, Morin MP, Albano L, Godin M, Barrou B, Alamartine B, Morelon B, Girardot- Seguin S, Mendes L, Misdrahi D, Cassuto E, Merville P. Factors predictive of medication nonadherence after renal transplantation: A French observational study. Transplant. 2013;95(2):326-32. https://doi.org/10.1097/TP.0b013e318271d7c1
https://doi.org/10.1097/TP.0b013e318271d...
,5151 Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consultas de medicamentos: Micofenolato de mofetila. Anvisa. [citado 21 set 2022]. https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351404578201256/?nomeProduto=micofenolato%20de%20mofetila
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O uso de tacrolimo foi associado como um fator que diminui a adesão. Isso pode estar relacionado também aos eventos adversos, pois é um medicamento com a janela terapêutica estreita, podendo causar tremores, hiperglicemia, o que aumenta a chance de diabetes mellitus, além de toxicidade renal.5050 Garcia CD, Pereira JD, Garcia VD. Livro Transplante de órgãos e tecidos. São Paulo: Segmento Farma; 2015.

Com relação às possíveis complicações do pós-transplante, a percepção do risco de infecções foi associada como um fator que aumenta a adesão à medicação levando a diminuição dos episódios de infecção e suas consequências ao paciente após o transplante renal.5252 Soares LSS, Brito ES, Silva EV, Galato D. Eventos adversos relacionados ao uso de imunossupressores em pacientes transplantados. Bol Farmacot. 2019;23(3):11.

Uma limitação deste estudo é que não foram incluídos trabalhos da literatura cinzenta; além disso, houve uma perda de trabalhos que, mesmo previamente selecionados para a leitura de texto completo, não puderam ser recuperados. Também, mesmo que as revisões tenham sido excluídas, não tiveram as referências analisadas, de forma que alguns trabalhos sobre o tema podem não ter sido identificados. Também não foi avaliada a qualidade dos trabalhos inseridos, nem tão pouco feito o registro do protocolo da pesquisa em sites de revisão.

CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos, o perfil de adesão à medicação dos pacientes transplantados renais é diversificado, sendo um conjunto de ações e fatores para estimular esse comportamento.

No geral, os pacientes que compreendem a importância do transplante e o uso dos imunossupressores tendem a ser mais aderentes por enxergarem benefícios para a qualidade de vida desse procedimento e, com isso, fazem uso dos imunossupressores. Identificou-se também que os pacientes que possuem apoio, seja familiar ou até mesmo na religião e na crença, possuem maior chance de adesão. A saúde mental também foi apontada como um fator de proteção para a não adesão.

Por outro lado, fatores relacionados aos eventos adversos dos imunossupressores ou questões que possam gerar barreiras, como trabalho, dificuldades financeiras e língua podem influir negativamente na adesão.

É importante conhecer o paciente e os fatores que podem influir positivamente e negativamente no comportamento de uso de medicamentos, pois isso pode ser usado como estratégia pela equipe de saúde para o manejo dos pacientes.

Como perspectiva deste trabalho, tem-se a possibilidade de desenvolver estratégias no processo de cuidado de forma a reduzir possíveis barreiras e estimular comportamentos que aumentem a adesão, como abordado anteriormente.

AGRADECIMENTOS

As autoras agradecem a Deus e a Pollyanna Barbosa Farias Barros e Evelin Soares de Brito pelas contribuições realizadas no texto final.

  • Como citar: Costa LM, Galato D. Identificação dos fatores associados com a adesão à medicação em pacientes transplantados renais: uma revisão da literatura integrativa. BJT. 2023.26 (01):e0123. https://doi.org/10.53855/bjt.v26i1.484_PORT
  • FINANCIAMENTO

    Não se aplica.
  • CONFIDENCIALIDADE DOS DADOS

    Não se aplica.

DISPONIBILIDADE DE DADOS DE PESQUISA

Os dados estão disponíveis no Repositório Institucional da UnB.

[https://repositorio.unb.br/handle/10482/45722]

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Editado por

Editora de seção: Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Set 2024
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    21 Set 2022
  • Aceito
    14 Nov 2022
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