RESUMO
Introdução:
O transplante de órgãos (TO) é um avanço histórico na medicina, pois é o resultado da evolução das técnicas cirúrgicas e das drogas imunossupressoras. A morte encefálica (ME), que é definida como a parada total e irreversível das funções cerebrais está intimamente relacionada aos TO, pois esses pacientes são potenciais doadores de órgãos.
Objetivo:
O presente trabalho se objetiva em avaliar o conhecimento dos acadêmicos de medicina da Universidade do Contestado, a respeito de morte encefálica e transplante de órgãos.
Materiais e métodos:
Trata-se de um estudo prospectivo, analítico e descritivo realizado com os acadêmicos de medicina da Universidade do Contestado no qual foi aplicado questionários para avaliar o conhecimento acerca do tema abordado. Na pesquisa participaram 139 acadêmicos da primeira a nona fase do curso de medicina, sendo 68,6 % do sexo feminino e 31,4 % do sexo masculino. Desses 62,6 % já participaram de alguma aula sobre ME e 44,6 % de alguma aula sobre TO. 84,2 % dos alunos não se sentem aptos a fazer o diagnóstico de ME, e cerca de 51,8 % avaliam seu conhecimento sobre os temas da pesquisa como regular, 38,8 % como ruim e apenas 9,4 % avaliam esse como sendo bom. Ainda sobre a ME 69,8 % dos participantes conhecem o seu conceito, porém quando questionados sobre critérios de ME, exames necessários para o seu diagnóstico e sobre a legislação brasileira necessária para que ocorra a doação as respostas foram divergentes. No estudo 79,9 % dos participantes têm intenção de doar seus órgãos.
Conclusão:
A maioria dos acadêmicos apresentam conhecimento sobre ME e TO porém não se sentem aptos a fazer o diagnóstico de ME. O estudo mostrou ainda que grande parte dos participantes gostariam de ser doadores de órgãos.
Palavras-chave
Morte encefálica; Transplante de órgãos; Estudantes de Ciências da Saúde