Seis localidades de São Tomé das Letras (MG, Brasil) foram investigadas de setembro, 2011 a junho, 2012. A vegetação local foi examinada à procura de galhas entomógenas. Um total de 152 morfotipos de galhas de insetos foi encontrado em 94 espécies vegetais (74 gêneros e 37 famílias). Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae e Asteraceae foram as famílias botânicas com maior riqueza de galhas, com 20, 18, 17 e 12 morfotipos de galha cada, respectivamente. Os gêneros super-hospedeiros foram Copaifera L. (Fabaceae), Myrcia DC. ex. Guill. (Myrtaceae) e Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae), com 10, 10 e 09 morfotipos de galhas. A espécie super-hospedeira foi Copaifera langsdorfii Desf. (Fabaceae) com 10 morfotipos de galhas. Galhas foram encontradas em folhas, caules, gemas e raízes aéreas. As folhas foram o órgão vegetal mais atacado, seguidas por caules e gemas. Os galhadores pertencem às ordens Diptera, Lepidoptera, Hemiptera, Thysanoptera, Coleoptera e Hymenoptera, sendo os insetos da família Cecidomyiidae (Diptera) os indutores mais frequentes e diversificados. A fauna associada incluiu parasitóides (Hymenoptera), inquilinos (Lepidoptera e Thysanoptera), sucessores (Formicidae, Hymenoptera) e predadores (pseudoscorpion), obtidos de 18, 02, 02 e 01 morfotipo de galha, respectivamente. Dez espécies galhadoras são registradas pela primeira vez para São Tomé das Letras (MG). O presente estudo indica São Tomé das Letras (MG) como uma área de grande riqueza de galhas de insetos.
Mata Atlântica; riqueza de galhas; plantas hospedeiras; interação inseto-planta
