Resumo:
As cochonilhas escama (Hemiptera: Diaspididae), são espécies fitófagas que ocorrem nas principais regiões biogeográficas do mundo. Devido à importância dos diaspidídeos como pragas, existe um amplo interesse nos países que exportam e importam produtos agrícolas não processados no aumento do conhecimento desse grupo, o que inclui pragas invasoras e quarentenárias de grande importância econômica. A diversidade, distribuição geográfica e hospedeiros de diaspidídeos foram estudadas de novembro de 2002 a dezembro de 2018 em 34 municípios do estado do Espírito Santo, Brasil. Quarenta espécies de Diaspididae de 27 gêneros foram coletadas e identificadas. As espécies Acutaspis perseae (Comstock), A. umbonifera (Newstead), Aonidiella aurantii (Maskell), Comstockaspis perniciosa (Comstock), Lepidosaphes beckii (Newman), Lepidosaphes gloverii (Packard), Morganella longispina (Morgan), Mycetaspis apicata (Newstead) e Thysanofiorinia nephelii (Maskel) foram encontradas pela primeira vez no Espírito Santo. Cinquenta e sete novas associações de hospedeiros foram observadas, em um total de 25 espécies de diaspidídeos; estes incluem 13 novos registros de famílias em um total de 11 espécies de diaspidídeos e nove famílias de plantas. Myrtaceae, Moraceae e Arecaceae foram as famílias botânicas com o maior número de espécies de diaspidídeos observadas. Selenaspidus articulatus (Morgan) foi a espécie mais polífaga, com 17 espécies de plantas hospedeiras de 12 famílias observadas, seguida por Pseudaonidia trilobitiformis (Green) e Parlatoria proteus (Curtis). Com esses novos registros, 41 espécies e 28 gêneros de Diaspididae foram registrados no Espírito Santo.
Palavras-chave:
Hemiptera; Diaspididae; Cochonilhas; Quarentena; Biodiversidade