A crise taxonômica, em destaque nos últimos anos, é marcada pela falta de popularidade (desinteresse pela formação taxonômica) e incentivos financeiros direcionados ao estudo da biodiversidade. Esta situação somada às questões envolvidas com a necessidade de se conhecer as inúmeras espécies ainda desconhecidas tem feito com que novas tecnologias, dentre elas o uso do DNA, tenham surgido como propostas para revitalização da taxonomia. Uma parte da comunidade científica, entretanto, tem rejeitado o uso dessas idéias inovadoras. O DNA barcoding, principalmente, tem sido alvo de inúmeras críticas quanto à sua aplicação em contraposição ao uso da morfologia. O presente artigo visa destacar a inconsistência do debate DNA versus morfologia, pela existência de uma proposta que corresponde à união entre a taxonomia tradicional e o DNA barcoding - a taxonomia integrativa. Os pontos favoráveis e desfavoráveis dessa proposta serão discutidos assim como a sua validade e aplicação. Com ela, a importância da morfologia é reconhecida e ao mesmo tempo tem-se a revitalização da taxonomia tradicional pela aderência das tecnologias incitadas para transposição do impedimento taxonômico.
biodiversidade; COI; espécie; impedimento taxonômico; morfologia