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Espécie de árvore pioneira como reservatório de parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da espécie vegetal pioneira Bellucia grossularioides (L.) Triana (Melastomataceae) para atuar como reservatório de parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira. Foram realizadas coletas de 48 amostras de frutos (4.012 frutos, 43,98 kg) durante os meses de julho, agosto e setembro de 2013, em 15 dos 16 municípios do estado do Amapá, Brasil. Todas as amostras apresentaram infestação por dípteros, com índices que variaram de 60,6 a 239,1 pupários/kg de fruto (média de 106,8 pupários/kg de fruto). O percentual de emergência variou de 18,6% a 64,3% (média de 39,9%). Exemplares de Anastrepha coronilli Carrejo & González (Diptera: Tephritidae) foram obtidos de todas as amostras coletadas. Exemplares de Neosilba (Diptera: Lonchaeidae) foram obtidos de cinco amostras, sendo representadas por Neosilba bella Strikis & Prado e Neosilba glaberrima (Wiedemann). O percentual médio de parasitismo foi de 12,8%, variando de 4,7% a 26,7%. Quatro espécies de parasitoides foram obtidas: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon sp.2, Opius bellus Gahan (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes) (Figitidae). Doryctobracon areolatus, presente em todos os municípios amostrados, foi a espécie mais abundante. Considerando-se que B. grossularioides é uma espécie vegetal abundante na área amostrada, sua relevância quanto à manutenção da população de parasitoides é discutida no contexto do manejo integrado de moscas-das-frutas na Amazônia.

Palavras-chave:
Controle biológico; Inimigos naturais; Anastrepha coronilli; Doryctobracon areolatus

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