Resumo
Com a pergunta: o que podepede um campo na pesquisa em educação matemática?, a proposta deste artigo é operar com a produção de dados de duas pesquisas de doutorado que envolveram trabalho de campo imersivos, em uma comunidade indígena Kaiowá-Guarani, no estado de Mato Grosso do Sul, e em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no estado do Paraná, compreendendo esse conjunto como um plano de composição, possibilitado pelo encontro entre campo e pesquisador. A proposta é operar rastros desses dois trabalhos de campo junto à Educação Matemática, com intercessores de diferentes espaços de conhecimento e de vivência, que incluem a filosofia da diferença, a literatura e a visualidade, para produzir uma cartografia que busca compor uma narrativa para conceber o campo com um plano de composição possível para a pesquisa em Educação Matemática, que a desloque de uma concepção representativa para uma concepção inventiva e comprometida com os grupos com os quais trabalha.
Educação Matemática; Filosofia da Diferença; Cartografia