Resumo
Com o objetivo de operar o trabalho de campo como possibilidade de uma pesquisa afecção na/para/com Etnomatemática, lança-se mão de duas experiências realizadas em distintos grupos de investigação, sendo estes: a experiência antropológica-terapêutica da antropóloga Jeanne Favret-Saada, em uma comunidade de feitiçaria no Bocage, oeste da França; e a experiência cartográfica do autor em uma comunidade de remanescentes quilombolas do estado de São Paulo. Para afirmar a invenção de um corpo que desliza entre pesquisa e campo, são apresentados pelo menos três devires como expressão de sua potência: devir-feiticeira; devir-mandira; e devir-infância. Entende-se que estas experiências, compostas pelos devires apresentados, expressam o trabalho de campo na/para/com Etnomatemática como possibilidade de uma pesquisa afecção.
Palavras-chave: Educação Matemática; Etnomatemática; Filosofias da Diferença; Cartografia