Resumo
Este artigo resulta de aprendizagens construídas a partir de uma pesquisa de doutorado sobre os saberes e práticas socioculturais de Quebradeiras de coco babaçu, com o objetivo de compreender os saberes mobilizados por aquelas mulheres. Propomo-nos a estabelecer conexões entre essa prática sociocultural e a Educação Matemática em escolas quilombolas. Como aporte teórico, optamos pelos estudos de Bakare-Yusuf, Costa e D’Ambrosio. O estudo foi desenvolvido com seis Quebradeiras de coco residentes na comunidade quilombola Laranjeira, município de Aldeias Altas/MA. A orientação teórico-metodológica está assentada na Fenomenologia de Merleau-Ponty, cujo método de pesquisa é a Etnografia em Geertz. Os dados obtidos foram interpretados com o auxílio da Hermenêutica ricoeuriana. Entre os resultados, identificamos as ticas de matema das Quebradeiras de coco como saberes pluriepistêmicos e multiétnicos. Concluímos que o saber Tirar azeite pode ser compreendido pela Etnomatemática em comunidades quilombolas.
Quebradeiras de coco babaçu; Educação Matemática; Práticas socioculturais; Comunidades Quilombolas; Etnomatemática