Os alunos assumiram a responsabilidade pela condução da atividade e afirmaram que suas participações contribuíram com seus grupos, indicando motivos como: a atribuição de significados às suas ações e o engajamento dos colegas no trabalho em grupo; conseqüências do aceite do convite para a Modelagem. |
C1) Os alunos verem-se a si próprios, funcionando matematicamente e para esses alunos fazer sentido ‘o ser matemático’ como uma parte essencial de quem são naquela aula. |
G1 –“Foi muito boa […] isso aí faz parte do nosso dia a dia. Isso sim eu consigo enxergar a importância. E parece que é independente da disciplina de Matemática. A nossa disciplina do dia a dia, eu não sei onde que eu vinculo ela. Aqueles cálculo. Essa ‘letraiad’ que eu não sabia pra quê […] usei, mas foi diferente, foi com fundamento” (Antônio/G1– entrevista, 2013). |
G2 – “[…] Eu participei mais (da aula), eu tava discutindo, debatendo, o tempo inteiro.” (Paola/G2 – entrevista, 2013). |
G2 –“Quando um fazia, todos faziam. Se um parava, todos paravam. A gente fez tudo junto. Eu também. Todo mundo, e eu, ajudou” (Leda/ G2 – entrevista, 2013). |
G1 – O reconhecimento público em G1 se deu por motivos diferentes: Antônio foi reconhecido pela condução de discussões paralelas enquanto Matias e Rosana, por conduzirem discussões matemáticas e técnicas, respectivamente: “O Antônio se destacou, porque mesmo com as dificuldades dele, ele procurava saber, ele já tem uma dificuldade muito grande, assim, quando você fazia alguma pergunta ele te dava a resposta na hora […] A Rosana participou bem, mas o Rogério ficou meio de fora, porque não discutiu muito.” (Matias/G1 – entrevista, 2013). |
C2) Através das atividades e papéis assumidos há reconhecimento público do desenvolvimento da competência naquela aula. |
G2 – Em G2, essa característica foi evidenciada pelo engajamento mútuo dos alunos, e reconhecimento da participação uns dos outros, como evidenciado na fala de Natany: “A participação de todos foi de extrema importância, pois todos puderam colocar suas idéias, e ajudar um ao outro naquilo que estávamos com dúvidas…” (Natany/G2 – entrevista, 2013). |
G3 – Nesse grupo, as alunas reconheceram a colaboração umas das outras, entretanto afirmaram que a participação de Aline foi menos efetiva no grupo: “A participação da Aline nem sempre foi boa que nem a minha e da Ana, porque ela ficava dispersa na aula, nas atividades… a gente não” (Raiane/G3 – entrevista, 2013). |
Os membros dos três grupos evidenciaram a mesma preocupação: interpretar a situação-problema de modo a tecer considerações sobre ela, articulando aspectos matemáticos e extramatemáticos; para isso cada grupo traçou uma estratégia, marcada pelo engajamento mútuo num mesmo domínio, constituído pela situaçãoproblema de Modelagem Matemática. |
C3) os alunos se veem a trabalhar conjuntamente, com um propósito, para conseguirem um entendimento comum. |
Os procedimentos adotados em cada grupo foram determinados por um processo de negociação, no qual definiram as etapas do estudo. Tais ações negociadas permitiram a criação de um repertório partilhado que se diferiu em G1, G2 e G3 de acordo com os procedimentos matemáticos adotados (determinação da média aritmética em G2; ou descrição da função afim em G1 e G3) e as formas de organização mantidas em cada grupo. |
C4) Existem modos partilhados de comportamento, linguagem, hábitos, valores e uso de ferramentas. |
A escolha do tema da atividade, assim como a delimitação e o processo de análise do estudo foram realizadas pelos alunos; o último, sob orientação da professora. A escolha dos processos matemáticos a serem utilizados para análise da situação-problema foi o que delineou os conceitos matemáticos abordados em cada grupo. Comumente aos três grupos, os conceitos de média aritmética; proporcionalidade; conceitos relacionados à função afim foram discutidos. |
C5) A aula é essencialmente constituída por participação ativa dos alunos e professor. |
Alunos e professora estiveram engajados em analisar a situação-problema, embasados numa interpretação matemática dela, que viabilizasse discussões que refletissem sobre aspectos não matemáticos. Isto aconteceu no decorrer de toda a atividade, na criação dos empreendimentos articulados pela turma e nos grupos, representados pela definição das etapas do estudo nos grupos: definição das variáveis em cada grupo (G1 e G3: idade e peso dos meninos; no G2: idade e peso das meninas); descrição de uma função afim que representasse a situação e validação dos dados obtidos. |
C6) Os alunos e o professor podem ver-se engajados na mesma atividade. |