O objetivo desta pesquisa foi avaliar a reparação óssea em alvéolos dentários após exodontia dos terceiros molares inferiores em humanos, com implantação de matriz dentinária desmineralizada autógena (MDDA) na cavidade e cobertura desta com barreira de politetrafluoretileno (PTFE). Foram selecionados 27 dentes, os quais foram divididos em três grupos: alvéolo dentário (Controle), alvéolo dentário com barreira de PTFE (PTFE) e alvéolo dentário com fatias de MDDA associada à barreira de PTFE (MDDA + PTFE). O alvéolo dentário foi submetido à análise de densitometria radiográfica e à análise estatística no 15º, 30º, 60º e 90º dias, utilizando-se a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (p < 0,05). A análise radiográfica do grupo MDDA + PTFE mostrou maior homogeneidade na radiopacidade do trabeculado ósseo do que no grupo controle e grupo PTFE, durante todos os períodos de observação. A matriz dentinária foi desaparecendo do alvéolo dentário durante a evolução do processo de reparo, sugerindo sua reabsorção durante o processo de remodelação óssea. Concluiu-se que a densidade óssea radiográfica do alvéolo dentário tratado com MDDA foi similar à do osso normal circunjacente no 90º dia. A MDDA foi biocompatível com o tecido ósseo, quando implantada nos alvéolos dentários cruentos de humanos. Na análise radiográfica, pode-se verificar que o processo de reparo foi discretamente mais rápido no grupo MDDA + PTFE do que no grupo Controle e no grupo PTFE, porém não houve diferença estatística significante. Além disso, a imagem radiográfica sugeriu que a arquitetura óssea do grupo MDDA + PTFE foi melhor do que a arquitetura óssea do grupo controle e grupo PTFE.
Regeneração óssea; Dentina; Engenharia tissular