O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente as condições periodontais de pacientes com coroas fixas colocadas de 3 a 5 anos antes da realização da pesquisa. Quarenta indivíduos foram rechamados. Exames clínicos de toda a boca foram realizados avaliando-se Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS) e Nível Clínico de Inserção (NCI) em 6 sítios por dente. Radiografias paralelas foram obtidas e analisadas cegamente por paquímetro digital (distância do ápice à crista óssea). Testes BANA foram realizados. Um dente hígido contralateral foi considerado como controle. Valores médios foram obtidos e testes de Wilcoxon e t pareado foram utilizados para comparar os sítios teste e controle. Coroas apresentaram um valor médio de IPV de 30,42%, comparado com 49,17% para dentes hígidos. O ISG foi de 33,33% e 26,25% para dentes com coroas e hígidos, respectivamente. A PS revelou valores de 2,30 e 2,14 mm e a análise do NCI demonstrou médias de 2,02 e 1,89 mm para dentes teste e controle, respectivamente. Os valores médios para as distâncias radiográficas foram de 12,73 e 13,67 mm, e para o teste BANA, de 67,50 e 50,00 para dentes hígidos e com coroas, respectivamente. Diferenças estatisticamente significantes foram observadas para todos os parâmetros, exceto para NCI e para o teste BANA. Pode-se concluir que, com os métodos utilizados no presente estudo, coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, entretanto não com destruição periodontal.
Doenças periodontais; Coroa dentária; Periodontia; Prostodontia