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Crescimento e produtividade de duas cultivares de milho de alta qualidade protéica em solo de baixa fertilidade

Growth and productivity of two high quality protein maize cultivars in low fertility soil

As cultivares de milho com proteína de alto valor biológico (QPM), lançadas pela EMBRAPA, podem-se constituir em boa alternativa para a agricultura familiar brasileira. No trópico úmido seu desempenho dever ser confirmado nas condições prevalentes entre os agricultores. Diante disso, foi instalado, em janeiro de 1999, em Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico arênico e sob sistema de cultivo em aléias, um experimento em blocos ao acaso, com parcelas de 4 x 6 m² e quatro repetições, para avaliar o crescimento e a produtividade de duas cultivares de milho de alto valor protéico (BR 473 e BR 2121), em comparação com outras três utilizadas na agricultura maranhense: Ferro (cultivar tradicional, recolhida junto aos agricultores), BR 106 e AG 1051 (de baixo e médio nível tecnológico respectivamente). Foram avaliados o índice de área foliar, a taxa de assimilação líquida, o número de espigas, grãos por espiga, massa da espiga e de 100 grãos e o índice de colheita. Concluiu-se que a cultivar BR 473 pode ser recomendada para condições de solos ácidos de baixa fertilidade e para temperaturas altas, exceto BR 2121. A cultivar AG 1051 apresentou produtividade muito superior em relação às demais cultivares. O uso generalizado da cultivar Ferro pela agricultura familiar só se justifica pela possibilidade de armazenamento na lavoura, que consiste em deixar o milho no campo, vários meses após a maturação, pela sua alta resistência às pragas de pós-colheita; ademais sua produtividade foi menor que todas as outras cultivares testadas.

milho QPM; crescimento; produtividade; alley cropping


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