A aplicação de molibdênio e cobalto nas sementes tem sido uma prática comum para o cultivo de soja no Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de molibdênio e cobalto na nodulação da soja, na nutrição da planta e seus reflexos sobre o rendimento de grãos. O experimento foi realizado no município de Ponta Grossa (PR), em Latossolo Vermelho textura argilosa, com pH (CaCl2 0,01 mol L-1) 5,2. O delineamento experimental empregado foi o de blocos completos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos constituíram-se de duas doses de Mo (0 e 48 g ha-1) e quatro doses de Co (0, 2, 4, e 8 g ha-1), aplicadas via semente. Não se observou interação significativa entre esses dois elementos. A aplicação de molibdênio e, ou cobalto na semente de soja não alterou a nodulação e a eficiência do processo biológico de fixação de N2, avaliada pela absorção de nitrogênio e pela concentração de nitrogênio nas folhas e nos grãos. O molibdênio aplicado na semente reduziu o teor de ferro nas folhas e não alterou a produtividade da soja. Houve redução linear na altura das plantas, na concentração foliar de zinco e no rendimento de grãos de soja com as doses de cobalto aplicadas. Pelos resultados observou-se que a aplicação de molibdênio na semente de soja não é necessária em solo com pH (CaCl2 0,01 mol L-1) 5,2 e que o cobalto aplicado na semente em doses superiores a 3,4 g ha-1 é tóxico para a cultura da soja.
Glycine max (L.) Merrill; nodulação; fixação simbiótica; nitrogênio; nutrição mineral