O critério do alumínio para determinar a necessidade de calagem de solos, vem sendo usado há dezesseis anos no Brasil. As quantidades de calcário indicadas são em geral baixas. Neste trabalho, procurou-se avaliar esse método, com base em resultados de ensaios de calagem, realizados em três locais e durante vários anos. Em Mococa, em podzólico vermelho-amarelo, foram considerados cinco plantios de milho, um de algodão e um de soja; em São Simão, em latossolo vermelho-escuro textura média, três plantios de soja; em Guaíra, em latossolo roxo, três plantios de algodão. Em todos os casos, a produção continuava a aumentar, com a elevação das doses de calcário, mesmo em níveis de calagem superiores àqueles suficientes para praticamente neutralizar o alumínio. Mostrou-se que o critério do alumínio não é adequado, do ponto de vista quantitativo, para cálculos de calagem. O critério da saturação em bases apresentou-se como alternativa adequada, para esse fim, relacionando bem com as respostas das culturas, além de ser muito flexível, de fácil utilização, e apresentar fundamento teórico adequado. Em geral, a produção máxima não foi atingida nos ensaios, mas estimou-se que ela seria obtida com valores de saturação em bases acima de 60%.