Neste trabalho são apresentados os resultados dos nove primeiros anos de um ensaio de adubação do milho instalado em terra-roxa-misturada da Estação Experimental «Theodureto de Camargo», Campinas, no qual foram estudados, em esquema fatorial, três níveis de estêrco, três de calcário e três de NPK mineral. De estêrco, usaram-se 0, 10 e 20 t/ha; de NPK, 0, 60-60-30 e 120-120-60 kg/ha de N-P2O5-K2O. Êsses adubos foram empregados anualmente. O calcário só foi aplicado em dois anos: no primeiro, 2 e 4 t/ha; no terceiro, 2 e 0,85 t/ha. As produções foram geralmente boas e, em média dos tratamentos, tenderam a crescer no decorrer do ensaio, o que se atribui à acumulação de resíduos das consecutivas adubações e ao uso de híbridos cada vez mais produtivos. Embora tendesse a melhorar um pouco nos últimos anos, o efeito médio da calagem foi nulo, mas sua interação com NPK foi significativa e positiva; respectivamente na ausência e na presença de NPK, as respostas ao corretivo corresponderam a -205 e +204 kg/ha. A reação ao estêrco foi linear e mais ou menos constante no decorrer do periodo estudado. A interação com NPK foi significativa e negativa: tendo seu efeito médio alcançado +1.340 kg/ha na ausência de NPK, na presença desta adubação baixou para apenas +443 kg/ha. No conjunto do período relatado, o efeito de NPK foi altamente significativo. Conquanto do tipo parabólico, a curva das produções ainda era ascendente quando se usou a dose 2. Do que se disse linhas atrás, deduz-se que a presença do calcário aumentou e a do estêrco diminuiu o efeito de NPK. A resposta a NPK baixou de +1.904 kg/ha, na ausência, para +1.007 kg/ha na presença do estêrco. Todavia, as produções cresceram sempre que se aumentaram as doses totais de nutrientes. As médias citadas não representam bem o efeito de NPK, pois sua interação com anos, altamente significativa, mostrou que êle aumentou no decorrer do ensaio.