Entre 1945 e 1950 foram conduzidas quatro experiências em solos ácidos, duas em Campinas (terra-roxa) e duas em Tupi Paulista (solo do Glacial), para estudar os efeitos, sôbre a batata-doce (Ipomoea batatas Lam.), das aplicações de 3 t/ha de calcário, 50 t/ha de estêrco e duas adubações com 60-1 00-40 kg/ha de N-P2O5-K2O, sendo uma exclusivamente mineral e outra organomineral. Além dêsses tratamentos, que constituiram um esquema fatorial 4X2, tôdas as experiências tiveram um tratamento extra, com adubação verde na ausência do calcário. Isolada, a calagem não trouxe aumentos de produção; no presença do estêrco, porém, ela provocou, em quatro experiências, aumentos correspondentes a 5, 12, 20 e 84%. Sòmente três das experiências permitiram estudar as respostas ao corretivo na presença das adubações NPK, mineral e organomineral: no primeiro caso elas foram -26, +26 e +34%; no segundo, -29, -20 e +21%. Os efeitos do estêrco foram sempre elevados, principalmente na presença do calcário, quando alcançaram +104, +148, +158 e +254%. Embora menores que as do estêrco, as respostas às adubações com NPK (em três experiências) também foram muito boas, mas nem sempre a presença do calcário lhes foi favorável: as da adubaçâo mineral, de +62, +62 e +88% na ausência do calcário, passaram, na sua presença, respectivamente para +94, +34 e +144%; as da adubação organomineral, de +148, +94 e +74 % na ausência, passaram para +67, +73 e + 104% na presença do corretivo. Quanto à adubação verde, no conjunto, das quatro experiências seu efeito foi quase igual ao do estêrco. Na dose empregada, o estêrco levou ao solo muito maiores quantidades de nutrientes que as adubações com NPK. O método de aplicação destas, que foi o usado naprática - ou seja, colocando-as, no momento do plantio, em contacto com as mudas - parece também ter concorrido para reduzir-lhes o efeito. As depressões causadas pela colagem são atribuídos à conhecido influência nociva da "overliming". Em duas experiências cujos solos foram analisados opas a colheita, verificou-se que a calagem elevou o pH de 5,6 o 6,7, em média, mas reduziu opreciàvelmente as disponibilidades de fósforo assimilável, sobretudo nos tratamentos adubados com NPK.