Os trigos mexicanos apresentam características agronômicas de interesse podendo ser recomendados para cultivo em condições de solo onde o alumínio não é um fator limitante ou serem utilizados como fontes genéticas em programas de melhoramento. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento agronômico de 18 linhagens de trigo introduzidos do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e Trigo, Cimmyt, México e duas cultivares-controle IAC-24 e IAC-289, em um experimento instalado em Monte Alegre do Sul (SP), em condições de solo corrigido e irrigado por aspersão, no período de 1999-2002. Avaliaram-se os seguintes caracteres: produção de grãos, altura de plantas, acamamento, ciclo da emergência ao florescimento, comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga e por espigueta e massa de cem grãos. L1 (SERI M 82) e L15 (DESCONHECIDO) destacaram-se para produção de grãos. L1 destacou-se pelo ciclo tardio, alto número de espiguetas por espiga e de grãos por espiga e baixa massa de cem grãos e L15, pela precocidade para florescer e elevada massa de cem grãos. L3 (FASAN) e L16 (KAUZ*2//TC*6/RL5406(RL6043)/3/KAUZ) destacaram-se pelo porte baixo; L6 (PRINIA) e L8 (CHIL/BUC), pelas espigas compridas; L3, pelo alto número de espiguetas por espiga; L9 (MUNIA/KAUZ) pelo grande número de grãos por espiga e por espigueta, e L18 (CETTIA), pelos grãos mais pesados. Em pelo menos dois anos, houve tendência de se obter maior produção de grãos em plantas semi-anãs mais altas com ciclo mais curto. Plantas produtivas apresentaram grãos pesados, espigas compridas com maior número de espiguetas e de grãos.
Triticum aestivum L.; produção de grãos; altura de planta; caracteres agronômicos