Plantas de soja inoculadas com Rhizobium japonicum foram cultivadas em vermiculita com solução nutritiva sem nitrogênio, em casa de vegetação, no Centro Experimental de Campinas, do Instituto Agronômico. Foi estudado o efeito quanto aos níveis de ureídeos (alantoína e ácido alantóico), aminoácidos (total e qualitativo por analisador de aminoácidos), NO3- e NH4+, encontrados na seiva do xilema. Para esse fim, as plantas (noduladas) foram tratadas durante sete dias com soluções nutritivas contendo os íons NO3- (15mM) ou NH4+ (10mM) aplicadas próximo à época de floração, ou sem nitrogênio (controle). O ácido alantóico predominou em relação à alantoína, e essa proporção tendeu a aumentar com a exposição da planta a N-mineral. O transporte de nitrogênio total pelo xilema foi maior para o processo de fixação de N2, decrescendo para o de absorção de NH4+ e para o de absorção de NO3-, sugerindo que o transporte de nitrogênio tenha dependido da interação entre presença de N-mineral no solo e disponibilidade de energia. A fixação de N2, processo mais dispendioso de energia, possibilita maior produção de ureídeos, que exportam mais nitrogênio que os aminoácidos. A asparagina foi o aminoácido encontrado em maior quantidade no xilema, independente do tratamento. O tratamento NH4+ não alterou o teor de N-NH4+, mas aumentou o nível de glutamina e asparagina em comparação com o tratamento NO3-, que, por sua vez, aumentou o teor de ácido aspártico e o de N-NO3-. Esses resultados sugerem que a diferenciação na formação de aminoácidos decorreu dos processos específicos de absorção de nitrogênio.
soja; aminoácidos; ureídeos; fixação simbiótica; nutrição nitrogenada