A fim de determinar a taxa de fecundação cruzada natural nas épocas em que o feijoeiro é cultivado em São Paulo, instalaram-se dois ensaios na Estação Experimental "Dr. Theodureto de Camargo", em Campinas. Usou-se o cultivar 'Chumbinho opaco', portador do fator genético recessivo que condiciona a côr branca das flôres, o qual foi plantado junto ao cultivar 'Mulatinho 1-208', portador do alelo dominante, para a côr violeta. Os dados obtidos permitiram concluir que a taxa de cruzamentos naturais foi da ordem de 1,26% na cultura "da sêca" e de 1,33% na "das águas". Essa taxa de cruzamentos naturais, embora de pequena grandeza, indica que nos campos de multiplicação de sementes, as linhagens devem ficar isoladas, a fim de se conservarem uniformes. Mostra, também, que pelo menos alguns dos atuais cultivares podem ter se originado como produto de recombinações, a partir de cruzamentos naturais.