Foram conduzidos dois ensaios em casa de vegetação, no período de outubro de 1982 a fevereiro de 1983, no Centro Experimental de Campinas, para o estudo diferencial de trinta e nove linhagens de milho (Zea mays L.) quanto ao crescimento, absorção e utilização de N, em solução nutritiva. No primeiro ensaio, cinco linhagens foram cultivadas com 30, 60, 120, 180 e 240 mg/litro de N, em vasos de 2,8 litros, até aos trinta dias de idade, a fim de se definir o nível mais adequado para diferenciação das plantas. No segundo ensaio, as linhagens foram selecionadas com 120 mg/litro de N, no mesmo sistema de crescimento. Ambos os ensaios foram dispostos em blocos casualizados com quatro repetições. As soluções nutritivas, continuamente arejadas, não foram renovadas e o pH foi periodicamente reajustado para o valor inicial (5,0), durante os experimentos. Observaram-se diferenças entre as linhagens na produção de matéria seca da parte aérea e das raízes, nos teores de N, nos conteúdos totais de N e nas relações de eficiência (matéria seca produzida por unidade de N absorvida). A variação nos conteúdos totais de N (CV das médias =8,7%) foi correlacionada com os pesos de matéria seca total (r= 0,87). A variação nas relações de eficiência (CV das médias = 16,1%) também foi correlacionada com os pesos de matéria seca total (r = 0,92). Portanto, os processos de absorção e de utilização de N limitaram o desenvolvimento das plantas, sendo, entretanto, este último, o principal fator de variação entre as linhagens. Estas foram classificadas de acordo com a produção de matéria seca total em eficientes, medianamente eficientes e ineficientes.
nitrogênio; milho; eficiência; absorção de N; utilização de N; solução nutritiva; seleção de plantas