RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A ausência ou falhas na identificação e manejo correto da dor prejudica a recuperação do recém-nascido internado na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), com consequências a longo prazo. O objetivo foi descrever o conhecimento da equipe de enfermagem sobre avaliação e manejo da dor do recém-nascido termo e pré-termo em unidade de UTIN, assim como os desafios cotidianos.
MÉTODOS:
Estudo descritivo, transversal, quantitativo, desenvolvido em um hospital geral público de São Paulo.
RESULTADOS:
Foram incluídos 44 profissionais. As alterações mais apontadas frente à dor foram melodia do choro (100%), frequência cardíaca (99%) e tremores nas mãos e pés (90%). As consequências de longo prazo mais relatadas foram: déficit de atenção na fase escolar (95%), menor tolerância a dor na vida adulta (77%), propensão a desenvolver depressão e ansiedade na vida adulta (73%). Sucção não nutritiva (92%), aleitamento materno (88%) e método canguru (79%) foram os métodos não farmacológicos mais utilizados. Os desafios mais prevalentes foram ausência de conduta médica (23%) e dificuldade na avaliação de sinais específicos de dor (16%), soma-se uma ausência de notificação da dor de 22%.
CONCLUSÃO:
A equipe de enfermagem acerca da dor em pacientes em UTIN demonstrou clareza das modificações hemodinâmicas, consequências da exposição da dor a longo prazo e domínio de estratégias não farmacológicas. Evidenciou-se subnotificação da presença de dor e os desafios mais relatados foram a ausência de conduta médica pós comunicação da dor e avaliação de sinais específicos, direcionando ações para melhoria da assistência como a realização de treinamentos.
Descritores:
Enfermagem neonatal; Manejo da dor; Medição da dor; Recém-nascido; Unidades de terapia intensiva neonatal.