RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Recomenda-se a utilização de cartilhas socioeducativas para auxiliar no controle da dor crônica (DC). No entanto, a eficácia e a segurança dessas tecnologias leves foram pouco testadas para ampla aplicação, com base no modelo de evidências científicas. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de educação em saúde em indivíduos com DC por meio da cartilha EducaDor.
MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado realizado com indivíduos que apresentam DC em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Salvador, Bahia, Brasil. Os participantes foram submetidos à aplicação do Inventário Breve de Dor (BPI), Escala Analógica Visual (EAV) e do instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde - Bref (WHOQoL-bref ), antes e após a intervenção, para análises intra e intergrupos: Grupo Teste (booklet) e Grupo Controle (cuidado convencional). O conteúdo da cartilha EducaDor foi apresentado didaticamente em seis encontros com intervalo de uma semana entre eles.
RESULTADOS: A amostra foi composta por 10 pessoas em cada grupo (n = 20). No Grupo Controle, houve aumento da intensidade da dor (p=0,034), enquanto o Grupo Teste apresentou redução da intensidade de dor (p=0,015) e menor nível de interferência nos domínios de qualidade de vida físico, psicológico, social e ambiental (p<0,05). Nas comparações intergrupos, observou-se melhora no domínio relações sociais no Grupo Teste (p=0,015).
CONCLUSÃO: A cartilha EducaDor mostrou-se eficaz e segura para a educação de pacientes com DC, por reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Descritores: Dor crônica; Educação em saúde; Ensaio clínico; Qualidade de vida