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O uso da medicina canábica para tratamento da dor associada à espasticidade

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A espasticidade refere-se ao aumento da resistência ao movimento passivo articular conforme a sua velocidade angular. Ela faz parte da tríade da síndrome piramidal, junto com a exacerbação de reflexos miotáticos e fraqueza muscular, e está presente em diversas lesões do sistema nervoso central, de topografia medular ou encefálica. A dor associada à espasticidade é causada pelos espasmos musculares, ativação de pontos-gatilho, deformidades articulares, interferência na posição dos segmentos corporais e dificuldade para o controle do movimento. Para uma intervenção terapêutica mais precisa, o exame físico detalhado do aparelho locomotor e da espasticidade pode ser completado pelo uso de escalas de avaliação específicas. A esclerose múltipla é a condição clínica para a qual há maior número de estudos com uso de canabinoides para o controle da espasticidade. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre o possível papel dos fármacos canabinoides no controle da espasticidade e da dor associada a ela.

CONTEÚDO:

Há na literatura evidências moderadas de que o uso combinado de 9-tetrahidrocanabinol e canabidiol aumenta o número de pessoas que relatam melhora da espasticidade.

CONCLUSÃO:

É possível acreditar que a queixa de dor musculoesquelética associada à espasticidade acompanhe essa melhora com uso de nabiximol, mas ainda há lacunas na literatura para esse tópico específico.

Descritores:
Canabinoides; Dor musculoesquelética; Espasticidade; Reabilitação; Tratamento

DESTAQUES

A espasticidade é uma complicação frequente das lesões do sistema piramidal, cuja associação com a dor neuropática contribui para o comprometimento da funcionalidade.

A dor musculoesquelética relacionada à espasticidade pode referir-se a espasmo muscular, ativação de pontos-gatilho, deformidades articulares ou mau posicionamento e alterações dos movimentos.

A eficácia dos canabinoides para o controle da espasticidade está mais comprovada na esclerose múltipla.

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