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Impacto da dor aguda e adequação analgésica em pacientes hospitalizados

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor é um sintoma frequente no ambiente hospitalar. O estudo objetivou identificar o impacto da dor aguda sobre as atividades de vida diária e analisar a adequação analgésica.

MÉTODOS:

Estudo transversal desenvolvido em seis unidades de um Hospital Universitário. Os pacientes foram avaliados quanto à presença e intensidade da dor e prejuízos às atividades de vida diária. A adequação analgésica foi avaliada pelo Índice de Manejo da Dor. A associação entre a dor e as características sociodemográficas e clínicas foi investigada por meio do teste Qui-quadrado. Um modelo de regressão logística foi aplicado para avaliar o impacto da intensidade da dor nas atividades.

RESULTADOS:

Foram avaliados 134 pacientes, com média de idade de 53 anos. No momento da entrevista 37 (27,6%) participantes referiram dor e 58 (45,7%) relataram dor nas 24h que antecederam a entrevista. A intensidade média da dor foi 6,6±2,4 e a dor foi mais frequente em pacientes do Pronto Atendimento, Unidade de Terapia Intensiva e Clínica Médica. Houve associação entre dor e sexo feminino e não foi encontrada associação com unidade de internação, diagnóstico e especialidade. A dor afetou a capacidade de comer (p=0,036) e dormir (p=0,008). A maior parte das prescrições (68%) estava inadequada à intensidade da dor.

CONCLUSÃO:

A frequência de dor foi alta e a incidência maior no sexo feminino, afetando de modo significativo a capacidade de comer e dormir. A prescrição de fármacos era inadequada à intensidade da dor em mais da metade dos pacientes, indicando a necessidade de aprimorar os protocolos de controle da dor.

Descritores:
Analgesia; Dor; Dor aguda; Enfermagem

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