Open-access Relação entre atividade física e a incapacidade pela dor em idosos: estudo transversal

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:  A prática de atividade física traz benefícios para a saúde física e mental e, na população idosa, pode contribuir para reduzir as queixas de dor. Neste estudo, foi verificado se o nível de atividade física poderia influenciar a limitação pela dor em indivíduos idosos.

MÉTODOS:  Trata-se de um estudo transversal, realizado com idosos residentes no município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. A seleção dos idosos foi realizada por meio de amostragem aleatória simples, totalizando 410 entrevistados. Para a classificação do nível de atividade física, foi utilizado o Questionário Baecke Modificado para Idosos (QBMI), que classificou os idosos em ativos ou sedentários. Para a análise da incapacidade pela dor, foi utilizado o Índice de Incapacidade Relacionada com a Dor (Pain Disability Index – PDI).

RESULTADOS:  Dos 410 idosos participantes deste estudo, 58,5% foram mulheres, com média de idade de 72,21±7,0 anos. Foram considerados ativos ou muito ativos 41% dos idosos. Os idosos sedentários foram os que apresentaram maior limitação física pela dor (p<0,01). A análise de rede mostrou que maiores limitações pela dor foram relacionadas a atividades de lazer, sociais e para realização de necessidades básicas. Observou-se que quanto maior o nível de atividade física, menor foi a limitação pela dor (p<0,01).

CONCLUSÃO:  A atividade física contribui para a saúde física dos idosos com dor crônica, podendo evitar riscos maiores de incapacidade relacionada à dor.

Descritores: Dor; Exercício físico; Limitação da mobilidade

DESTAQUES

As limitações pela dor apresentaram relação inversamente proporcional ao nível de atividade física dos idosos, mostrando que, além da importância dos exercícios, é preciso ter uma vida ativa em todos os aspectos.

A atividade física, além de reduzir a dor, pode melhorar diversos aspectos da vida do idoso, contribuindo para sua autonomia e melhor convívio familiar e social.

A prática de atividade física não apresentou relação com a idade, comprovando que até mesmo os idosos mais longevos devem ser incentivados a uma vida mais ativa como forma de reduzir a dor e a vulnerabilidade.

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