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Relação entre a função do core e o limiar de dor a pressão em mulheres idosas com dor lombar crônica inespecífica: estudo transversal

DESTAQUES

Este estudo identificou que não há correlação entre a instabilidade do tronco e o limiar de dor por pressão (LDP).

O LDP não se correlacionou com a força isométrica máxima e a resistência dos músculos do tronco em mulheres com dor lombar crônica.

Foi realizada avaliação da instabilidade do tronco, força isométrica máxima e resistência por intermédio de testes replicáveis para a população.

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor lombar crônica inespecífica (DLCI) é um problema de saúde pública. Estima-se que disfunções na ativação muscular e na estabilidade da coluna possam repercutir diretamente na intensidade da dor. Além disso, em decorrência da idade, as mulheres idosas apresentam maior declínio na função muscular, tornando esse público mais suscetível a desenvolver a dor lombar. O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre instabilidade, força e resistência dos músculos do core com o limiar de dor por pressão em idosas com DLCI.

MÉTODOS:

Trata-se de um estudo observacional quantitativo, com delineamento transversal descritivo, realizado em mulheres com idade entre 60 e 79 anos. O limiar de dor por pressão (LDP) foi avaliado com um algômetro de pressão na musculatura paravertebral (bilateralmente ao processo espinhoso nível de L3 a L5) e cinco cm abaixo da tuberosidade da tibial direita no tibial anterior. A instabilidade de tronco foi avaliada em um assento estável e outro instável, posicionados sobre uma plataforma de força para análise do deslocamento do centro de pressão em tempo real. A força isométrica máxima e a resistência de flexores e extensores do tronco foi avaliada por meio do protocolo de McGill. Foi calculado o coeficiente de correlação de Pearson (r), os dados foram expressos em média e desvio padrão e o valor considerado significativo quando p<0,05.

RESULTADOS:

Participaram deste estudo 49 mulheres (67,3±5,6 anos; índice de massa corporal de 28,5±5,2 kg/m2; intensidade da dor 4,6±2,3 em uma escala de 0- a 10). Não foi encontrada correlação entre o LDP em L3, L5 e TA com instabilidade lombar, força isométrica máxima e resistência dos músculos do tronco.

CONCLUSÃO:

Não foi encontrada, neste estudo, uma correlação entre a instabilidade lombar, a força isométrica máxima e a resistência dos músculos do tronco com o LDP em mulheres idosas com DLCI.

Descritores:
Centro abdominal; Dor crônica; Estabilidade central; Limiar da dor

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