RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A cannabis é a droga ilícita mais popular e consumida no mundo, possuindo cerca de 540 fitocanabinoides bioativos, entre eles o tetra-hidrocarbinol (THC) e o canabidiol (CBD). O potencial terapêutico dos fitocanabinoides tem sido alvo de muitos estudos nas últimas décadas para muitas situações médicas, incluindo o manejo da dor crônica. O advento da farmacogenética permite que atualmente a indicação da dose de cannabis seja avaliada individualmente. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento da literatura sobre o uso medicinal da cannabis e a aplicação da farmacogenética nessa terapia.
CONTEÚDO:
Os fitocanabinoides THC e CBD são os mais abundantes e pesquisados. No sistema endocanabinoide, existem compostos similares aos fitocanabinoides, receptores celulares e enzimas de metabolismo. Todas essas moléculas são secretadas a partir de genes que podem possuir polimorfismos genéticos individuais determinantes para a modulação do sistema endocanabinoide e, consequentemente, impactam a resposta terapêutica do paciente.
CONCLUSÃO:
A existência de testes genéticos para avaliação prévia do perfil genético do paciente a fim de evitar efeitos colaterais e ter mais assertividade na indicação do produto de cannabis é uma importante ferramenta para aumentar a aderência ao tratamento com cannabis.
Descritores:
Cannabis; Farmacogenética; Maconha medicinal; Nucleotídeo único; Polimorfismo; Variação genética
DESTAQUES
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Existem questões sobre efeitos adversos e risco de vício associados ao uso da cannabis.
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A avaliação dos polimorfismos genéticos relacionados ao uso da cannabis é uma realidade.
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A farmacogenética permite assertividade na prescrição da cannabis.