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O impacto da dor crônica na qualidade de vida e na capacidade funcional de pacientes oncológicos e de seus cuidadores

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor para o paciente oncológico pode representar agravamento do prognóstico, diminuição da autonomia, do bem-estar e qualidade de vida, afetando todas as esferas da vida do paciente com câncer e sua repercussão no cuidador. Assim, este estudo objetivou avaliar o impacto da dor crônica na qualidade de vida e na capacidade funcional de pacientes oncológicos e de seus cuidadores.

MÉTODOS:

Foram avaliados 11 cuidadores e 15 pacientes oncológicos de uma Clínica da Dor. Para avaliar a capacidade funcional dos pacientes, foi utilizada a escala de atividades físicas e instrumentais da vida diária e, para a qualidade de vida, foi utilizado o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire, que indicou prejuízo nas funções social e emocional e prevalência dos sintomas fadiga e insônia.

RESULTADOS:

A média dos escores das atividades básicas e instrumentais da vida diária indicaram semi-dependência dos pacientes. Houve predominância feminina em pacientes (60%) e cuidadores (72,2%). A média de dor pela escala analógica visual foi 6,8. A Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit, indicou que 36,3% dos cuidadores apresentaram de moderada a grave sobrecarga e correlação positiva entre capacidade funcional e sobrecarga (p=0,003).

CONCLUSÃO:

A presença de dor crônica impacta de forma negativa e significante a qualidade de vida e a capacidade funcional dos pacientes com câncer, estendendo esse impacto para a figura do cuidador.

Descritores:
Cuidadores; Dor do câncer; Qualidade de vida

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