Bernaards et al.2727 Bernaards CM, Ariëns GAM, Knol DL, Hildebrandt VH. The effectiveness of a work style intervention and a lifestyle physical activity intervention on the recovery from neck and upper limb symptoms in computer workers. Pain. 2007;132(1-2):142-53. Holanda |
Avaliar a eficácia de uma única intervenção voltada para o estilo de trabalho e uma intervenção combinada visando o estilo de trabalho e atividade física na recuperação dos sintomas do pescoço e dos membros superiores dos trabalhadores da computação. |
n = 466, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; seis meses de intervenção e mais seis meses de acompanhamento, com três medidas (linha de base, seis meses e 12 meses).
Os participantes receberam seis reuniões interativas mensais com duração entre 30-90 minutos, sobre postura corporal durante o uso do computador na posição sentada (posição dos pés, alinhamento e apoio da coluna, angulação dos cotovelos e punhos, inclinação da coluna cervical e distância entre os olhos e a tela do computador) e sobre atividade física de intensidade moderada a vigorosa nos domínios do deslocamento, ocupacional, doméstico e lazer (caminhada, ciclismo, jardinagem, tarefas domésticas e esportes), o que não inclui exercícios físicos.
Foram randomizados em: Grupo estilo de trabalho (n = 152): reuniões sobre postura corporal; Grupo estilo de trabalho e atividade física (n = 156): reuniões sobre postura corporal e atividade física; Grupo cuidados habituais (n = 158): não receberem intervenção alguma.
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Redução da intensidade de dor no pescoço e no ombro (Escala Analógica Visual de 0-10) aos 12 meses no grupo estilo de trabalho em comparação ao grupo cuidados habituais. Não foram observadas diferenças significativas entre o grupo estilo de trabalho e atividade física e o grupo cuidados habituais. |
Proper et al.2828 Proper KI, de Bruyne MC, Hildebrandt VH, van der Beek AJ, Meerding WJ, van Mechelen W. Costs, benefts and effectiveness of worksite physical activity counseling from the employer’s perspective. Scand J Work Environ Health. 2004;30(1):36-46. Holanda |
Avaliar o impacto do aconselhamento de atividade física no local de trabalho utilizando análises de custo-benefício e custo-efetividade. |
n=299, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; nove meses de intervenção com sete medidas. Todos os participantes receberam por escrito informações gerais sobre estilo de vida (atividade física, nutrição, álcool, tabagismo, estresse no trabalho e sintomas musculoesqueléticos).
Foram randomizados em:
Grupo intervenção (n = 131): material escrito e sete consultas mensais de 20 minutos cada uma, com aconselhamentos individualizados e direcionados pelos resultados das duas primeiras consultas, visando a promoção da atividade física e hábitos alimentares saudáveis;
Grupo controle (n = 168): recebeu somente o material escrito.
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Redução da frequência de dor na extremidade superior (Questionário Nórdico, adaptado) no grupo intervenção (17,9%) em comparação ao controle (6,2%), porém sem diferenças estatísticas. |
Andersen et al.2929 Andersen LL, Jørgensen MB, Blangsted AK, Pedersen MT, Hansen EA, Sjøgaard G. A Randomized controlled intervention trial to relieve and prevent neck/shoulder pain. Med Sci Sports Exerc. 2008;40(6):983-90. Dinamarca |
Investigar o efeito de três intervenções diferentes no local de trabalho sobre a conformidade de longo prazo, ganhos de força muscular e dor no pescoço/ombro em trabalhadores de escritório. |
n=549, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; 12 meses de intervenção com três medidas (linha de base, médio prazo e pós-intervenção). Foram randomizados em:
Grupo de exercícios de resistência específicos (n=180): para pescoço (fexão lateral na posição sentada com uma tira elástica fxa) e ombro (elevação lateral e frontal: 3 séries de 15 repetições com halteres) e realizados três vezes por semana (duas vezes com presença de instrutor), vinte minutos por sessão;
Grupo atividade física (n=187): recebeu aconselhamentos sobre atividade física no trabalho e no lazer. Além de visitas de instrutores, que variaram de uma a quatro vezes por mês, para realizar atividades de corrida e caminhada. Também receberem pedômetros, um disco compacto de oito minutos de duração com instruções para exercícios aeróbicos e de força (exceto para o pescoço e ombro), um step/plataforma de exercícios colocado em lugares estratégicos (ao lado da máquina copiadora) e indicações para o aumento da atividade física diária no deslocamento e no lazer;
Grupo controle (n=182): recebeu aconselhamentos sobre atividade física, alimentação, ergonomia, estresse e organização do trabalho.
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Redução da intensidade de dor no pescoço em médio prazo (EAV de 0-9) nos grupos de exercícios de resistência específicos e atividade física em comparação ao grupo referência, mas sem diferenças entre os grupos exercício e atividade física;
Sujeitos do grupo controle, sem dor na linha de base, desencadearam maior intensidade de dor no ombro, em comparação aos sujeitos sem dor na linha de base dos grupos intervenção.
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Schell et al.3030 Schell E, Teorell T, Hasson D, Arnetz B, Saraste H. Impact of a web-based stress management and health promotion program on neck-shoulder-back pain in knowledge workers? 12 month prospective controlled follow-up. J Occup Environ Med. 2008;50(6):667-76. Suécia |
Avaliar a influência de um programa de gestão do estresse e promoção da saúde baseado na web sobre intensidade e ocorrência de dor no pescoço-ombro e nas costas e sobre a relação de dor percebida com o estresse em um estudo prospectivo e controlado. |
n=232, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; seis meses de intervenção e mais 6 meses de acompanhamento com três medidas (linha de base, 6 meses e 12 meses)
Grupo I (n=55): recebeu acesso a um dispositivo baseada na web, no qual realizaram o monitoramento em tempo real da percepção de saúde atual e do estado de estresse através de um diário e também acesso a informações sobre estresse e promoção da saúde, as quais poderiam ser impressas e utilizadas para leitura e prática em outros lugares. O dispositivo também continha um programa de exercícios clássicos de gestão do estresse, com relaxamento e melhora do sono, reenquadramento cognitivo, gerenciamento do tempo, controle emocional e autoconhecimento, fortalecimento da autoestima, reflexão da vida e dissociação, além da possibilidade de chat de conversas com os demais participantes;
Grupo II (n = 71): acesso ao dispositivo para monitoramento diário, com informações sobre estresse e promoção da saúde com possibilidade impressão do material;
Grupo controle (n = 106): não recebeu intervenção alguma.
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Reduções da intensidade de dor (EAV de 0-10) na região lombar para o grupo I em 6 meses e na região lombar, cervical e no ombro para o grupo II em 12 meses em comparação ao Grupo Controle.
Nas análises intragrupos, observou-se redução da intensidade da dor total para o grupo II aos 12 meses, mensurada através do somatório dos pontos das 4 escalas de dor de 0-10 pontos (cervical, ombro, coluna torácica e lombar) em uma EAV de 0-40 pontos adaptada pelos autores do estudo.
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Sitthipornvorakul et al.3131 Sitthipornvorakul E, Sihawong R, Waongenngarm P, Janwantanakul P. The effects of walking intervention on preventing neck pain in ofice workers: a randomized controlled trial. J Occup Health. 2020;62(1):e12106. Tailândia |
Avaliar a eficácia do aumento dos passos diários de caminhada sobre a incidência de 6 meses de dor no pescoço em trabalhadores do escritório. |
n=91, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; seis meses de intervenção com seis medidas (uma por mês).
Grupo intervenção (n=50): recebeu um aplicativo em seu smartphone com metas de passos diários a serem atingidas durante os seis meses da intervenção. Os participantes foram instruídos a levar o smartphone com aplicativo no bolso, desde ao levantar-se de manhã até voltar para a cama à noite. As metas de passos diários foram calculadas com base em um estudo de coorte sobre aumento de passos diários e incidência de dor no pescoço em trabalhadores de escritório, cálculo que estimou o número de passos diários capazes de prevenir a dor no pescoço. Os participantes anotavam, diariamente, no aplicativo o número de passos diários e a sensação/intensidade de dor no pescoço, medida por uma Escala Visual Analógica de 0-100 pontos e recebiam incentivos a cada meta diária alcançada.
Grupo controle (n = 41): não recebeu intervenção alguma.
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No período de seis meses, sujeitos do grupo intervenção relataram menor frequência de dor cervical (22%) em comparação ao grupo controle (34%). Porém, não foram observadas diferenças quanto à intensidade da dor (EAV de 0-10 pontos). |
Tsauo et al.3232 Tsauo JY, Lee HY, Hsu JH, Chen CY, Chen CJ. Physical exercise and health education for neck and shoulder complaints among sedentary workers. J Rehabil Med. 2004;36(6):253-7. China |
Desenvolver um programa de exercícios no local de trabalho para aliviar os sintomas do pescoço e do ombro e comparar a eficácia de 3 tipos de modelos de execução. |
n=178, sujeitos sintomáticos e assintomáticos; duas semanas de intervenção e 3 meses de acompanhamento com três medidas (linha de base, duas semanas e três meses).
Os participantes receberam uma palestra de duas horas sobre anatomia da região do pescoço e ombro, demonstração prática de exercícios de alongamento (fexão, extensão, fexão lateral e rotação, 10 repetições para cada um com intervalo de 5 segundos), material impresso com a descrição dos exercícios para levar para casa e duas semanas de exercícios no local de trabalho com conselhos para manter a prática de exercícios sozinhos por mais três meses. Foram randomizados em:
Grupo autoexercício (n=56): realizou exercícios sozinhos nos intervalos, com um fisioterapeuta disponível para diminuir possíveis dúvidas;
Grupo exercício supervisionado I (n = 69): realizou sessões diárias de 15-20 minutos com demonstração;
Grupo exercício supervisionado II (n = 14): realizou duas vezes ao dia, antes e depois do expediente, sessões de 15-20 minutos, com supervisão em uma das sessões;
Grupo controle (n = 39): recebeu somente a palestra e material impresso.
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O grupo exercício supervisionado II apresentou menor frequência (Questionário Nórdico: últimos sete dias) de dor na região do ombro e coluna torácica aos três meses em comparação aos demais grupos. |
Barone Gibbs et al.3333 Barone Gibbs B, Hergenroeder AL, Perdomo SJ, Kowalsky RJ, Delitto A, Jakicic JM. Reducing sedentary behaviour to decrease chronic low back pain: the stand back randomised trial. Occup Environ Med. 2018;75(5):321-7. Estados Unidos |
Avaliar a viabilidade e os efeitos de uma intervenção multicomponente sobre a dor em trabalhadores de mesa com dor lombar crônica. |
n=27, sujeitos sintomáticos; seis meses de intervenção com seis medidas mensais
Grupo intervenção (n = 13): recebeu aconselhamentos comportamentais, inicialmente através de uma palestra de 75-90 minutos de duração, a qual incluiu educação sobre os riscos à saúde de comportamento sedentário e autogerenciamento da dor. Os aconselhamentos incluíam melhoria da nutrição, redução do álcool, tabagismo, estresse e redução gradativa do tempo na postura sentada, inserindo momentos em pé ou pequenas caminhadas no local de trabalho e posteriormente atividades como caminhar ou pedalar no deslocamento e envolvimentos em atividades esportivas no lazer. Além de um anexo na mesa que possibilitava trabalhar em pé e um dispositivo para utilizar no punho que emitia um sinal de alerta a cada 30 minutos sem se movimentar. Com o sinal, os sujeitos foram aconselhados a caminhar de 2 a 3 minutos;
A palestra foi seguida de contatos telefônicos mensais de 10-15 minutos; Grupo controle (n = 14): não recebeu intervenção.
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Redução da intensidade de dor lombar (Oswestry Disability Index – ODI) no grupo intervenção em comparação ao controle, mas sem diferenças pela EAV de 0-10 pontos; Redução da frequência de dor (p=0,04) no grupo intervenção (54%) em comparação ao controle (14%). |
Johnston et al.3434 Johnston V, Gane EM, Brown W, Vicenzino B, Healy GN, Gilson N, Smith MD. Feasibility and impact of sit-stand workstations with and without exercise in ofice workers at risk of low back pain: a pilot comparative effectiveness trial. Appl Ergon. 2019;76:82-9. Austrália |
Comparar a viabilidade e o impacto das estações de trabalho de stand-stand somadas com conselhos, com ou sem exercício, sobre dor lombar e tempo sentado em trabalhadores de escritório em risco de dor lombar. |
n=29, sujeitos assintomáticos; quatro semanas de intervenção com duas medidas (pré e pós-intervenção);
Todos os participantes receberam uma estação de trabalho personalizada e com altura e angulações ajustáveis que possibilitava trabalhar tanto em pé quanto sentado. Além de aconselhamentos verbais e escritos para iniciar com curtos períodos de pé (10 min) e não passar mais de 30 minutos sentados. Foram aconselhados a gradativamente acumular pelo menos duas a quatro horas em pé por dia durante o horário de trabalho e a aumentar gradativamente o nível de atividade física geral (lazer e deslocamento), como utilizar escadas em vez de elevador, ir de bicicleta ao trabalho e engajar-se em atividades esportivas;
Foram randomizados em:
Grupo mesa de trabalho (n=13): recebeu a estação de trabalho e os aconselhamentos; Grupo mesa de trabalho + exercícios (n=16): recebeu a estação de trabalho, os aconselhamentos e um programa padronizado de exercício de resistência progressiva (extensões de braço e perna com joelhos e mão apoiados no chão, ponte; agachamentos de parede e abdução do quadril no chão na posição deitada lateral). Ministrado por um fisioterapeuta em sessões de 20 minutos com duas séries de 20 repetições, três vezes por semana durante o turno de trabalho. Cada participante recebeu um tapete de yoga para realizar os exercícios confortavelmente no trabalho.
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Ambos os grupos mostraram redução da intensidade máxima de dor lombar (EAV de 0-10) no pós-intervenção. Porém, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. |