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Prevalência de dor crônica no Brasil: revisão sistemática

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor crônica é considerada um problema de saúde pública mundial, pode levar ao estresse físico e emocional, além de altos custos financeiros e sociais para a população. O objetivo deste estudo foi produzir uma revisão sistemática para identificar a prevalência da dor crônica no Brasil, considerando suas regiões geográficas e subclassificações de mecanismos pela International Association for the Study of Pain (IASP).

CONTEÚDO:

Foi realizada uma revisão sistemática nas seguintes bases de dados: Scielo, Pubmed, Periódicos Capes, Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde. Foram incluídos 35 estudos que investigavam a prevalência de dor crônica no Brasil. A prevalência variou de 23,02 a 76,17%, apresentando média nacional de 45,59% entre os estudos, afetando mais o sexo feminino. A região do Brasil com maior prevalência dentre os estudos incluídos foi a região centro-oeste (56,25%), porém a região com mais estudos e maior população analisada foi a região sudeste (42,2%). Quanto às classificações de mecanismos da IASP, a dor possivelmente nociceptiva obteve prevalência de 36,70%, já a neuropática foi de 14,5% e a dor nociplástica de 12,5%.

CONCLUSÃO:

O presente estudo identificou alta prevalência de dor crônica no Brasil, maior em mulheres. Em relação aos seus mecanismos, a dor de predomínio possivelmente nociceptivo foi a mais prevalente. Quanto a região geográfica nacional, o destaque de maior prevalência foi para a região Centro-Oeste, porém a região com mais estudos e maior população analisada foi a região Sudeste.

Descritores:
Dor crônica; Prevalência; Saúde coletiva

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E-mail: dor@dor.org.br