DESTAQUES
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Há uma diferença relevante em relação à prevalência e a maiores chances do desenvolvimento de DTM entre homens e mulheres.
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As mulheres apresentam mais DTM e têm maior probabilidade de serem afetadas por ela quando comparadas aos homens.
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As mulheres apresentam níveis mais severos de depressão, somatização da dor, limitação da função mandibular e dor miofascial.
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora as mulheres pareçam ser mais suscetíveis à dor, há poucos estudos comparando os diagnósticos obtidos por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) entre mulheres e homens. Assim, este estudo teve como objetivo verificar a influência do sexo nas disfunções temporomandibulares (DTM) e suas comorbidades em uma amostra brasileira.
MÉTODOS: Os pacientes foram avaliados por meio do RDC/ TMD. Os diagnósticos foram obtidos para o Eixo I (dor miofascial, deslocamento de disco e outras condições articulares) e Eixo II (sintomas de depressão, dor crônica, somatização e limitação da função mandibular). Modelos de regressão logística foram utilizados para verificar se existe diferença na prevalência e nas chances de desenvolver DTM entre mulheres e homens.
RESULTADOS: A amostra incluiu 310 pacientes. As mulheres apresentaram mais dor miofascial e foram mais propensas a desenvolvê-la (73,04%; OR: 1,91; IC 95%: 1,08 - 3,39), bem como mais distúrbios articulares (54,78%; OR: 2,07; IC 95%: 1,08 - 3,99), em comparação aos homens. Ademais, as mulheres compuseram a maioria da amostra, procuraram tratamento com maior frequência e apresentaram níveis mais graves de sintomas de depressão, somatização da dor, limitação da função mandibular e dor miofascial.
CONCLUSÃO: As mulheres apresentam mais DTM e são mais propensas a desenvolvê-la, bem como apresentam níveis mais graves de sintomas de depressão, somatização da dor, limitação da função mandibular e dor miofascial.
Descritores Características sexuais; Dor facial; Transtornos da articulação temporomandibular.