RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Os profissionais do atendimento pré-hospitalar estão expostos a ambientes insalubres, que podem representar fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios musculoesqueléticos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi observar a prevalência de dor musculoesquelética em profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e seus fatores associados.
MÉTODOS:
Estudo de corte transversal, realizado em três bases do SAMU de Pernambuco. Foram avaliados 95 profissionais, de ambos os sexos, com faixa etária entre 21 e 58 anos, sendo (n=36: condutores socorristas, n=38: técnicos de enfermagem, n=15: enfermeiros e n=6: médicos). Para a avaliação da dor musculoesquelética foi utilizado o Nordic Questionnaire of Musculoskeletal Symptoms e, para quantificar a intensidade das dores, a escala analógica visual.
RESULTADOS:
As dores musculoesqueléticas foram relatadas por 71,6% (n=68) dos socorristas, desses, apenas 18% (n=17) mencionaram que já apresentavam tais dores antes das suas atividades laborais no SAMU. Os técnicos de enfermagem foram os profissionais mais acometidos pelas dores musculoesqueléticas (89,5%), seguidos dos enfermeiros (73,3%), dos condutores socorristas (55,6%) e médicos (50%). A coluna lombar (53,5%), os joelhos (32,6%) e a coluna cervical (30,5%) foram regiões corporais mais acometidas pelas dores e o sexo feminino foi um fator associado à presença das dores musculoesqueléticas (p=0,024).
CONCLUSÃO:
Foi observada elevada prevalência de dor musculoesquelética nos profissionais do SAMU avaliados, sobretudo nos profissionais de enfermagem, Além disso, o sexo feminino foi um fator associado à presença de dor musculoesquelética nesse grupo de profissionais.
Descritores:
Articulação do joelho; Cervicalgia; Dor lombar; Saúde do trabalhador; Serviços médicos de emergência.