RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Embora a dor craniofacial seja associada a aspectos psicológicos negativos, ainda não está totalmente elucidado como a percepção do paciente sobre sua própria doença pode influenciá-la. Portanto, este estudo teve como objetivo identificar os principais fatores e as crenças sobre a doença que podem influenciar a intensidade e a duração da dor em pessoas que sentiram dor craniofacial nas últimas 24 horas.
MÉTODOS:
Estudo transversal composto por universitários, com idade entre 18 e 40 anos, que relataram dor craniofacial nas últimas 24 horas. Os voluntários responderam a perguntas sobre funções corporais, atividades e participação e fatores pessoais com base na classificação da Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF). Além disso, foram aplicadas questões do Questionário de Percepção de Doenças Versão Breve (Brief IPQ). A análise foi realizada com um modelo de regressão simples e múltiplo.
RESULTADOS:
A amostra foi composta por 87 voluntários. A intensidade e a duração da dor sentida nas últimas 24 horas foram influenciadas pela preocupação com a presença de doença e com a necessidade de tratamento. A intensidade da dor foi associada à importância do tratamento e à preocupação do paciente com sua dor (R2=0,108). A duração da dor associou-se à preocupação do indivíduo com sua doença (R2=0,1459).
CONCLUSÃO:
Tanto a intensidade quanto a duração da dor vivenciadas nas últimas 24 horas são influenciadas pela preocupação com a presença de doença e crenças relacionadas ao seu tratamento, o que reforça a influência dos aspectos psicossociais na percepção da dor.
Descritores:
Dor facial; Estudantes; Funcionamento psicossocial; Percepção da dor
DESTAQUES
A duração da dor pode estar associada às crenças do indivíduo sobre a doença.
As crenças e preocupações sobre a doença podem influenciar a intensidade da dor craniofacial.
A terapia educativa pode ser uma chave importante para a gestão da dor craniofacial aguda.