DESTAQUES
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Este estudo reforça a importância de conhecer o perfil clínico da dor após a infecção da COVID-19, uma vez que guiará estratégias de prevenção e reabilitação de queixas álgicas.
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Há um aumento da gravidade da dor em todas as regiões do corpo durante a infecção da COVID-19, quando comparado com o estado pré-infecção, mantendo-se após a infecção.
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Fatores biológicos, psicológicos e sociais influenciam na intensidade da dor.
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Embora as pesquisas evidenciem o quadro álgico mais frequente durante a infecção da COVID-19, pouco se sabe sobre a caracterização da dor e fatores que influenciam sua permanência após a infecção. Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever o perfil clínico de dor em pacientes pós-COVID-19.
CONTEÚDO:
Trata-se de uma revisão sistemática conduzida conforme as recomendações Preferred Reporting Items for Sistematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Os artigos foram pesquisados no período de novembro de 2021 a novembro de 2022, no banco de dados Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Cochrane e PsycINFO. Foram incluídos cinco estudos observacionais para síntese qualitativa. Evidenciou-se um aumento da intensidade da dor em todas as regiões do corpo durante a infecção quando comparado com o estado pré-infecção, mantendo-se após a infecção. As dores mais relatadas pós-COVID-19 foram dor neuropática, dor generalizada e dor na região cervical. A média de tempo da dor no pós-COVID-19 foi de seis meses.
CONCLUSÃO:
Há persistência da dor após infecção pelo novo coronavírus, com a presença de “dor nova” e “dor crônica nova”, e a piora da dor em grupos específicos que tiveram COVID-19.
Descritores
COVID-19; Dor; Medição da dor