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Vulnerabilidade de idosos e relação com a presença de dor

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

No Brasil observa-se alta prevalência de dor em indivíduos acima de 60 anos, e embora a dor não apareça como fator direto de dependência e morte, causa interferência em diversos aspectos da vida e relaciona-se com limitações funcionais. O objetivo deste estudo foi avaliar a vulnerabilidade de idosos e relacionar com a presença de dor.

MÉTODOS:

Pesquisa com indivíduos acima de 60 anos, utilizando o questionário Vulnerable Elders Survey para a análise da vulnerabilidade e o Índice de Incapacidade relacionado com a dor para a análise da interferência da dor nas atividades de vida. A análise dos dados foi através dos testes t de Student, Qui-quadrado e Correlação de Pearson.

RESULTADOS:

Participaram do estudo 176 indivíduos, média de idade 68,3±6,8 anos, 111 mulheres (63,1%), e 65,9% avaliaram sua saúde como boa. Quarenta e oito idosos (27,3%) foram considerados vulneráveis, principalmente mulheres e portadores de hipertensão e diabetes. As atividades de vida diária com maior limitação foram curvar-se, ajoelhar-se ou agachar. Os domínios de maior pontuação para limitação devido à dor foram relacionados à família e atividades domésticas, e atividades relacionadas ao trabalho. Os domínios com menores pontuações foram relacionados à incapacidade para vida sexual e cuidados pessoais. Os mais velhos tiveram menor pontuação na escala de dor e os hipertensos tiveram pontuação maior, assim como as mulheres. Houve associação entre presença de dor e vulnerabilidade (p=0,00).

CONCLUSÃO:

A dor impacta a vida dos idosos, causando sofrimento e incapacidade para as atividades da vida diária, além de aumentar a vulnerabilidade.

Descritores:
Dor; Idoso; Vulnerabilidade em saúde

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