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Possibilidades de atuação do enfermeiro frente aos efeitos do isolamento social no paciente com dor crônica: revisão integrativa

DESTAQUES

  • Este estudo reforçou o impacto do isolamento em pacientes com dores crônicas, que afetou a funcionalidade e qualidade de vida.

  • A atuação do Enfermeiro como parte integrante para o atendimento desses pacientes com a telessaúde também foi reforçada.

  • Optou-se pela revisão integrativa para conhecer o panorama atual da produção científica do enfermeiro sobre o atendimento ao paciente com DC.

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

O isolamento social, como vivenciado no contexto da pandemia da COVID-19, desencadeou problemas psicológicos e neuropsiquiátricos; essas condições podem agravar as crises de dor crônicas. Além disso, é sabido que as relações sociais têm um papel importante na dor e nas emoções. A dor crônica (DC) apresenta-se como uma doença desafiadora, sobretudo quanto aos seus mecanismos multifacetados e ao seu tratamento. Assim, o objetivo do presente estudo foi trazer uma maior compreensão da atuação do enfermeiro nos pacientes com DC e do impacto do isolamento social decorrente da pandemia da COVID-19.

CONTEÚDO:

Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Medline via Pubmed da National Library of Medicine. Para a seleção dos artigos foram considerados os descritores em ciências da saúde e Medical Subject Headings (DeCS/MeSh): “Isolamento social”, “Dor crônica”, “COVID-19”, “Cuidados de enfermagem” e “Planejamento de assistência ao paciente”, com os seus sinônimos/termos alternativos. Foram encontrados 45.703 artigos; a partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 27 artigos. Este estudo esperou responder às seguintes perguntas norteadoras: “qual a atuação do enfermeiro com o indivíduo com DC durante o isolamento social da COVID-19?”, e “quais as consequências do isolamento social devido à pandemia da COVID-19 para essa população?”. Dos 27 artigos, a maior parte foi publicada na América do Norte e Europa, e três no Brasil. A população mais afetada pela DC são idosos, mulheres e pessoas de baixa renda. Em relação à profissão, dos 27 artigos somente três foram publicados por enfermeiros. Os dados foram discutidos considerando a atuação do enfermeiro para com o indivíduo com DC, em especial por meio da telessaúde, bem como os impactos que as pessoas com DC sofreram com o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus.

CONCLUSÃO:

Há uma significativa lacuna na literatura no que tange à atuação do enfermeiro com indivíduos com DC em isolamento social, sugerindo a necessidade de maiores estudos nessa área, principalmente a nível nacional. Nos estudos encontrados, foi evidenciado que indivíduos que vivem com DC possuem as múltiplas dimensões humanas afetadas, mas nesse momento de isolamento social devido à pandemia da COVID-19 a dimensão de pior comprometimento foi a emocional. Assim, com o aumento contínuo da telessaúde e a possibilidade de futuras pandemias, recomenda-se mover as diretrizes existentes para o desenvolvimento formal de competências da telessaúde por conteúdo curricular relevante e experiência clínica para todos os programas de enfermagem.

Descritores:
COVID-19; Cuidados de enfermagem; Dor crônica; Isolamento social; Planejamento da assistência ao paciente

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