RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A punção venosa é considerada um procedimento doloroso, realizado com frequência na unidade de terapia intensiva neonatal. O objetivo deste estudo foi descrever as respostas comportamentais e fisiológicas de recém-nascidos submetidos à punção venosa, com e sem a utilização de medidas não farmacológicas para alívio da dor.
MÉTODOS:
Participaram da pesquisa 84 recém-nascidos. Foi observado se o profissional de enfermagem realizava o preparo do recém-nascido para a punção. Os recém-nascidos que não receberam medida não farmacológica foram alocados no grupo 1 e os que receberam foram para o grupo 2. Foram avaliados os parâmetros comportamentais e fisiológicos dois minutos antes e dois minutos após o procedimento em todos os recém-nascidos. A análise dos dados ocorreu de forma descritiva.
RESULTADOS:
Antes do procedimento, 45,5% dos recém-nascidos no grupo 1 apresentavam a face contraída, entretanto, após o procedimento, esse número aumentou para 69,7%. Depois do procedimento no grupo 2, 29,4% resmungaram, 3,9% tiveram choro vigoroso e em 66,7% o choro ficou ausente. Os movimentos de braços e pernas apresentaram respostas semelhantes nos dois grupos. Após o procedimento, 72,7% do grupo 1 apresentaram frequência cardíaca maior que 160bpm. Após o procedimento no grupo 1, 15,2% apresentaram saturação de oxigênio entre 96 e 100%, já no grupo 2, esse valor aumentou para 58,8%.
CONCLUSÃO:
As respostas comportamentais e fisiológicas apresentadas pelos recém-nascidos sofrem maiores alterações quando os bebês são submetidos à punção venosa sem o uso de medidas para alívio da dor, sendo as mais presentes: face contraída; resmungos; braços e pernas fletidos/estendidos; taquicardia e hipossaturação.
Descritores:
Cateterismo periférico; Dor; Recém-nascido; Unidades de terapia intensiva neonatal